80 trans foram mortas em 6 meses no país e a mais nova tinha 13 anos

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Apenas no primeiro semestre deste ano, 80 pessoas trans foram mortas no Brasil, segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Vítima mais jovem foi adolescente de 13 anos, assassinada a pauladas no Ceará

Imagem ilustrativa/ Foto: Adobe Stock

O Brasil teve 80 pessoas transexuais mortas no 1º semestre deste ano, segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

A adolescente de 13 anos Keron Ravach, morta a pauladas no Ceará, em janeiro, tornou-se a vítima mais jovem desse tipo de violência no Brasil, considerando todas as edições do levantamento, que é realizado desde 2018 pela Antra.

Em caso recente de violência contra pessoas trans, um menor de idade é suspeito de atear fogo a Roberta da Silva, de 33 anos, no dia 24 de junho, no Recife. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde então e teve um braço e parte de outro amputados.

O relatório da Antra é feito a partir de reportagens e relatos de organizações LGBTQIAP+. A associação denuncia que não existem dados oficiais e, por isso, entende que o número de assassinatos entre janeiro e junho deste ano pode ter sido ainda maior.

O Brasil se manteve em 2020 como o país o que mais mata trans e travestis: ao longo do ano, foram 175 assassinatos.

Neste 1º semestre de 2021, a maioria das mortes violentas foi de mulheres trans/travestis negras, um perfil que se repete ano a ano. Dois homens trans também foram vítimas, de acordo com a Antra.

Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo seguem sendo os estados com o maior número de casos.

Fonte: G1


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