Médicos Sem Fronteiras amplia atividades para atender vítimas de terremoto na Síria
A organização intensificou sua atuação na Síria para atender milhares de vítimas do terremoto que atingiu o noroeste do país nesta semana

Por Ana Clara Godoi
Após os fortes terremotos que atingiram o sul da Turquia e o noroeste da Síria na última segunda-feira, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que já estava presente oferecendo apoio à população da Síria, mobilizou equipes junto com parceiros locais para atender as crescentes necessidades da região.
“As instalações de saúde estão afetadas e sobrecarregadas, e o pessoal médico no norte da Síria está trabalhando 24 horas por dia para atender ao grande número de feridos. Desde as primeiras horas, nossas equipes já trataram cerca de 200 feridos e recebemos 160 vítimas nas instalações e clínicas que istramos ou apoiamos no norte de Idlib. Nossas ambulâncias também estão mobilizadas para atender a população”, afirma Sebastien Gay, coordenador-geral de MSF na Síria.
O Médicos Sem Fronteiras forneceu apoio imediato a 23 instalações de saúde nas províncias de Idlib e Aleppo, na Síria, doando kits médicos de emergência, além do apoio de profissionais da saúde para reforças as equipes locais. Além disso, nossas equipes doaram cobertores e kits com itens básicos de sobrevivência para as populações deslocadas no noroeste da Síria. O impacto dos tremores na região causou a destruição de centenas de casas, deixando milhares de desabrigados. Nos últimos três dias tem nevado na região, e a população permanece fora de suas casas por medo dos tremores secundários que continuaram ao longo do dia.
“As necessidades são muito intensas no noroeste da Síria, pois este terremoto adiciona uma camada dramática para as populações vulneráveis que ainda sofrem após muitos anos de guerra. As enormes consequências deste desastre exigirão um esforço de ajuda internacional que esteja à altura da escala”, acrescenta Gay.
Médicos Sem Fronteiras é uma organização que atua internacionalmente oferecendo cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias, a partir de doações privadas e governamentais. Todas as atividades da organização estão alinhadas ao ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 3, meta da Agenda 2030 da ONU que promove saúde e bem-estar.