Livro conta a história de um dos maiores abolicionistas brasileiros

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O livro ‘A redenção de Antônio Bento’ conta a história de um dos principais abolicionistas brasileiros do século XIX. Antônio Bento lutou contra o racismo, a corrupção e injustiça social

Livro conta a história de um dos maiores abolicionistas brasileiros
Foto: Divulgação

Por: Júlia Pereira

‘A Redenção de Antônio Bento’ é o primeiro livro dedicado a contar a saga de um dos maiores abolicionistas brasileiros. Antônio Bento lutou contra a escravidão, o racismo, a falta de assistência aos menos favorecidos, a corrupção no sistema político, a mídia corrompida e a injustiça social.

A biografia é uma homenagem ao herói e também esclarece diversas controvérsias sobre a vida do abolicionista.

Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro, bisneto direto do biografado, e a professora Débora Fiuza de Figueiredo Orsi apresentam o produto de 10 anos de uma pesquisa profunda e criteriosa com fontes primárias.

A viúva de Antônio Bento, dona Benedicta Amélia, que criou o pai do autor e se constituiu na ponte de gerações ao transmitir os registros históricos, também enriqueceu a obra.

Com endosso do sociólogo e político Florestan Fernandes (1920 – 1995), o lançamento relata a luta contra a escravidão de uma São Paulo na qual prevaleciam os interesses dos escravagistas.

“Somente Antônio Bento perfilha uma diretriz redentorista, condenando amargamente o engolfamento do ado no presente, através (sic) do tratamento discriminativo e preconceituoso do negro e do mulato. Em consequência, o mito floresceu sem contestação, até que os próprios negros ganharam condições materiais e intelectuais para erguer o seu protesto. Um protesto que ficou ignorado pelo meio social ambiente, mas que teve enorme significação histórica, humana e política. De fato, até hoje, constitui a única manifestação autêntica de populismo, de afirmação do povo humilde como gente de sua autoliberação.” (Florestan Fernandes – A Redenção de Antônio Bento, pág. 26).

Também são destaque na obra os bastidores da organização dos Caifazes, movimento abolicionista paulistano, do qual Antônio Bento assumiu a liderança após a morte do poeta Luiz Gama.

A obra é rica em fotos, memórias e documentos da vida do juiz, considerado “o John Brown brasileiro” por um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco.

O livro contém mais de 300 referências bibliográficas consultadas, mas as principais são as da imprensa de Antônio Bento, como o jornal A Redempção, de 1887 a 1899, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Para conhecer mais sobre a obra, e o site ou as redes sociais.

Ficha Técnica

Título: A Redenção de Antônio Bento

Autores: Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro e Débora Fiuza de Figueiredo Orsi

Editora: Reality Books

ISBN: 978-65-00-02695-5

Páginas: 456

Formato: 21 x 14 cm

Preço: R$ 136,00

Link de venda:  www.antoniobento.com e https://amzn.to/2XOyjig

Sinopse

Para contar a vida e obra de Antônio Bento (1843 – 1898), os autores mergulharam em pesquisa profunda e criteriosa, em fontes primárias, – trabalho de uma década! -, dando luz a um verdadeiro herói nacional pouco reconhecido, mas que, justamente por isso, concedeu aos autores a chance de levar aos leitores os bastidores da luta contra a escravidão, o comando da Ordem dos Caifazes, a Hospedaria dos Negros – em contraponto à Hospedaria dos Imigrantes -, o Quilombo do Jabaquara, o jornal abolicionista A Redempção, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e tantos outros fatos da época.

Sobre os autores

Luiz Antônio Muniz de Souza nasceu em São Paulo, é economista, bacharel em Direito e empresário.

Débora Fiuza de Figueiredo Orsi, paulista, é professora de Língua Portuguesa, editora, redatora e revisora.