Liderança empática nos Programas de Voluntariado
Voluntariado“Podemos mudar o mundo se começarmos a criar uma cultura de empatia transformadora, onde as pessoas não apenas aprenderão a dar ou receber, mas aprenderão a contribuir.” Paul Parkin
A demanda por líderes acontece em todas as organizações em todas as áreas, e nos programas de voluntariado não é diferente: a presença de uma liderança é, com certeza, um fator fundamental para o sucesso e os bons resultados. O gerenciamento dos voluntários depende dessa coordenação que vai orientar, escutar, inspirar, treinar, reconhecer, colaborar, formar equipes, entre tantas outras coisas.
A gestão de um programa de voluntariado envolve o preparo da organização para receber os voluntários, os pré-requisitos para fazer parte, a construção de um código de conduta com direitos e deveres dos voluntários, e a descrição de todas as oportunidades de atuação, sejam elas presenciais, remotas ou a distância.
Esse gestor é o responsável por toda a estratégia de captação dos voluntários e também da seleção e treinamentos necessários para que as atividades sejam realmente transformadoras para quem realiza e para quem recebe a ação. O líder deve realizar uma conscientização para que todas as áreas da organização estejam bem confortáveis com a presença e atuação dos voluntários, para isso a escuta e identificação das vagas de atuação devem ser construídas em conjunto.
Existem também os aspectos jurídicos e contábeis a serem respeitados e aplicados e que demandam o preparo de documentos e de planilhas de monitoramento e acompanhamento de cada um dos voluntários. É preciso que esse líder planeje as ferramentas que irá utilizar para a avaliação dos resultados e impactos alcançados e que estratégias irá usar para reconhecer e valorizar os voluntários. Não basta captar voluntários, é preciso reter e fidelizar essas pessoas à causa e à organização. Comunicação, criatividade e inovação não podem ser esquecidas. Despertar a vontade de fazer parte e facilitar para que o tempo dedicado ao voluntariado seja de alegria e bem-estar.
Tem que ser alguém que diga “nós”, que convide “vamos”, que saiba escutar também com o coração, e para isso um dos talentos e habilidades principais do coordenador do programa de voluntariado é a empatia. A criação de um ambiente e uma relação empática com os voluntários faz com que haja realmente uma conexão e uma comunicação, e com isso a construção de uma relação mais profunda e mais duradoura. A empatia é fundamental! Quando as partes envolvidas em uma determinada situação estão cientes das necessidades umas das outras, e, tentam atendê-las de maneira saudável, encontrando soluções em que todos saem ganhando, o resultado é nada menos que o sucesso.
*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.