JUSTIÇA CLIMÁTICA COMEÇA EM CASA: CARTILHA REVELA COMO DESIGUALDADES HABITACIONAIS AFETAM MULHERES NEGRAS

Direitos Humanos
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Centro Brasileiro de Justiça Climática (CBJC)

O déficit habitacional brasileiro, com 11,4 milhões de imóveis vazios e milhares de famílias sem moradia digna, não é apenas uma questão econômica. Ele reflete desigualdades estruturais que afetam desproporcionalmente mulheres negras, chefes de família e mães solo.

A cartilha “Se essa casa fosse minha? Eu mandava ela morar”, lançada nesta quarta-feira (22/04) pelo Centro Brasileiro de Justiça Climática, em parceria com a Habitat Brasil e o MSTB (Movimento dos Sem Teto da Bahia) aborda essas realidades, conectando o direito à moradia às questões de justiça social e climática. Com dados impactantes e histórias de resistência, a publicação apresenta soluções urgentes para garantir dignidade habitacional as populações historicamente marginalizadas. Para Taynara Gomes, coordenadora do lançamento, o impacto das desigualdades habitacionais sobre mulheres negras é uma ferida aberta em nossa sociedade. “A cartilha é um o essencial para expor essas injustiças e propor soluções”, explica.

A cartilha também traz uma entrevista com a urbanista Apoena da Silva Ferreira, que reflete sobre a ocupação Quilombo Carolina Maria de Jesus, no Centro Histórico de Salvador. Apoena discute a importância de ocupar espaços abandonados para garantir moradia digna e preservar o patrimônio histórico, além de destacar o papel essencial das parcerias institucionais em viabilizar melhorias habitacionais para as famílias que residem no local. Ela também aborda como essas ocupações resistem à gentrificação (apropriação dos espaços por classes mais altas) e fortalecem laços comunitários.

Para Andréia Coutinho, diretora do Centro Brasileiro de Justiça Climática, o direito à moradia é mais do que ter um teto; é a base para garantir dignidade, pertencimento e o à justiça social e climática. “Esta cartilha é um convite à ação coletiva por um futuro mais igualitário”, aponta.

O lançamento reafirma o compromisso do Centro Brasileiro de Justiça Climática em articular soluções que combatam as desigualdades e promovam a dignidade para todas as pessoas.

Baixe a cartilha e participe dessa luta por direitos


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