Jogo educativo para crianças com autismo vence concurso nacional de inovação

Direitos Humanos
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“Facelita”, aplicativo criado por estudantes da Universidade Federal de Viçosa, ajuda crianças com autismo no reconhecimento de emoções e conquista o primeiro lugar na categoria de Saúde do 12º Campus Mobile, destacando-se como ferramenta inclusiva e de impacto social.

Foto: Adobe Stock.

O jogo “Facelita”, desenvolvido para auxiliar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no reconhecimento e expressão de emoções, foi o grande vencedor na categoria de Saúde do 12º Campus Mobile, concurso nacional de inovação com foco em impacto social. Criado por estudantes da Universidade Federal de Viçosa, a solução combina aprendizado e inclusão, utilizando uma abordagem lúdica para apoiar o tratamento da alexitimia, uma condição que dificulta a identificação de emoções, comum em pessoas com TEA.

O aplicativo foi desenvolvido por Ana Luísa Ferreira Costas, Juan Pablo Andrade Avelar e Leonardo Araujo Resende Aguiar, estudantes de ciência da computação da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, e surgiu da identificação de uma lacuna no tratamento da alexitimia, condição que dificulta a identificação e expressão de emoções, frequentemente presente em pessoas com TEA. Ana Luísa, cofundadora do projeto, explicou que a inspiração veio durante uma conversa com uma amiga psicóloga. “A partir disso, mergulhamos em pesquisas e conversamos com especialistas da área, como terapeutas ocupacionais e psicólogos, para criar uma ferramenta que realmente atendesse a essas necessidades”, afirma.

O jogo oferece uma abordagem lúdica e educativa para ajudar crianças com TEA a aprenderem sobre expressões faciais e emoções. Os jogadores são imersos em uma viagem no tempo, explorando diferentes períodos da história por meio de interações com personagens e cenários que incentivam o reconhecimento emocional. Além de ser uma ferramenta de aprendizado, o aplicativo também gera relatórios que permitem a pais e profissionais de saúde acompanhar o desenvolvimento das crianças.

Foto: Interface do jogo | Divulgação.

O projeto participou do Campus Mobile, um concurso de inovação e empreendedorismo que incentiva estudantes e recém-formados a desenvolverem soluções mobile com impacto social. Organizado pela LSI-TEC em parceria com o Instituto Claro, conta com o apoio da Escola Politécnica da USP e do beOn Claro, hub de inovação da Claro e Embratel.

Durante o evento, os criadores do Facelita tiveram a oportunidade de aprimorar o projeto com o auxílio de mentores e trocar experiências com outros participantes. Ana Luísa destaca a importância do ambiente do concurso.

Como vencedores, os jovens receberam uma premiação em dinheiro para investir na evolução do projeto e uma viagem de imersão ao Vale do Silício, polo global de tecnologia e inovação, onde poderão expandir ainda mais seus conhecimentos.

A conquista do Facelita reforça a importância de tecnologias inclusivas no desenvolvimento infantil e no tratamento de condições como a alexitimia. Projetos como este, que integram tecnologia, saúde e educação, mostram como a atuação de organizações, universidades e iniciativas de impacto social pode transformar vidas. O projeto reforça os ODS 3 (Saúde e Bem-estar) e ODS 10 (Redução das Desigualdades). 

Sobre o Instituto Claro

A área de Responsabilidade Social da Claro, por meio do Instituto Claro, investe em projetos de Educação e Cidadania que integram tecnologia e informação para o desenvolvimento social, como o Campus Mobile e o Programa Dupla Escola. O Instituto Claro é uma OSCIP reconhecida pela ONU por promover os princípios da Carta das Nações Unidas.

Sobre o LSI-TEC

A LSI-TEC é uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) que desenvolve soluções inovadoras para a sociedade em parceria com instituições públicas e privadas. Dirigida por professores da USP, a associação colabora com o Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP e conta com uma equipe multidisciplinar, focada em excelência, inovação e empreendedorismo.


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