Infância no Brasil é tema do programa Perspectiva

Direitos Humanos
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Para a convidada, Emanuella Ribeiro Halfeld, do Instituto Alana, a mudança do cenário de vulnerabilidade para crianças e adolescentes a pelo enfrentamento direto dos problemas estruturais brasileiros

Imagem: Freepik

Por Lucas Neves

O Perspectiva da última terça-feira (29/04) falou sobre a infância no Brasil. Apresentado pelo jornalista, Joel Scala, o episódio discutiu problemas que afetam crianças e adolescentes brasileiros, como a pobreza, fome e defasagem educacional, e abordou o papel da sociedade civil no combate a estes desafios estruturais do país. Na condução do programa, Scala contou com o auxílio do colunista Alain S. Levi, fundador da Motivare Experiential Marketing.

Para falar da infância, eles conversaram com Emanuella Ribeiro Halfeld, analista de relações governamentais do Instituto Alana, organização que trabalha com foco em garantir condições para o desenvolvimento integral da infância em seus diferentes espaços de vivência, por meio de programas próprios, projetos e parcerias. O trabalho do instituto, iniciado em 1994, tem a missão de honrar a criança.

Durante o episódio, Scala trouxe uma série de dados sobre o cenário nacional e internacional relacionado às crianças e adolescentes, evidenciando desigualdades e obstáculos. Por exemplo, conforme a pesquisa “Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência” do UNICEF – Fundo das Nações Unidas para Infância, 32 milhões de meninas e meninos vivem na pobreza, somente no Brasil.

O apresentador refletiu sobre as formas de transformar a realidade brasileira neste cenário de vulnerabilidade social. Para Emanuella, a mudança a pelo enfrentamento direto dos problemas estruturais. 

Nesse sentido, ela destacou o papel crucial das organizações da sociedade civil, ao pressionar os tomadores de decisão e alertar para a urgência de projetos de lei sobre a infância. De acordo com Emanuella, o trabalho do Instituto Alana é pautado nessas ações, buscando sempre honrar o Art. 227 da Constituição Federal.

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, diz o Artigo 227 da Constituição Federal.

A infância e as redes sociais

Os cuidados com a utilização de redes sociais, por parte de crianças e adolescentes, também foi pauta durante o episódio. Alain S. Levi comentou sobre o papel dos responsáveis no monitoramento das atividades online. Para Levi, os pais devem “primeiro, tentar entender essas novas tecnologias e tentar fazer parte e, segundo, ter um controle respeitando a privacidade, principalmente na adolescência”. 

Além disso, ele comentou sobre a falsa sensação de segurança que a internet pode trazer. Segundo ele, o quarto que, no ado, parecia minimamente seguro e solitário, hoje pode expor os jovens a perigos que os responsáveis não imaginam.

O Perspectiva é um programa do Observatório do Terceiro Setor (OTS) transmitido todas às terças-feiras, às 16h, disponível no site e no canal do YouTube do OTS.


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