Governo ameaça não pagar idosos e gasta R$ 7 milhões em carros de luxo

No último dia 08, o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para dizer que, caso o Congresso não aprove o PLN 4, o governo “não terá recursos para fazer o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência já no próximo dia 25.

Em seu texto no Twitter, Bolsonaro diz, ainda, que nos próximos meses não haveria como quitar outras obrigações, como pagamento de aposentadorias, Bolsa Família, Pronaf e Plano Safra.

“Sem aprovação do PLN 4 pelo Congresso teremos que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiências já no próximo dia 25. Nos meses seguintes faltarão recursos para aposentadorias, Bolsa Família, PRONAF, Plano Safra…”, diz o tuíte.

O presidente postou um outro comentário afirmando confiar que o Congresso vai aprovar a matéria: “Acredito na costumeira responsabilidade e patriotismo dos deputados e senadores na aprovação urgente da matéria”.

Enquanto isso, verba para comprar carros de luxo parece não ser uma preocupação para o governo. O Palácio do Planalto anunciou em maio que vai gastar mais de R$ 7,1 milhões na compra de carros novos blindados para as famílias do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). O Governo alegou urgência para atender aos familiares dos políticos.

Entre as exigências para os automóveis de luxo estão es para armas letais, pneus à prova de bala, e equipamentos de varredura e monitoramento. O pregão deve ser aberto em breve, para compra de 39 veículos, sendo que cada um deles deve custar em torno de R$ 270 mil.

Entre as opções para o pregão, o edital prevê modelos como Audi A6, Ford Fusion, Honda Accord ou “superiores”.

As informações sobre a compra dos carros são da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.

ATUALIZAÇÃO: o PNL 4/19 foi aprovado no dia 11 de junho, à noite. Depois da aprovação, o presidente Jair Bolsonaro fez um novo tuíte dizendo que, com isso, o governo poderá garantir o pagamento dos benefícios citados anteriormente.