Futuro terá Amazônia seca, fome e doenças, se desmatamento continuar
Com base no comportamento humano atual em relação ao meio ambiente, Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas alerta que fome, pobreza, doenças e um grande êxodo podem marcar século 21

O Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que fome, pobreza, doenças e um grande êxodo podem marcar o século 21, se não houver mudança na sociedade.
Milhões de famintos, êxodo, conflitos, queda de atividade econômica e crise social. Esses são alguns dos cenários traçados por cientistas diante da constatação de que as mudanças climáticas vão se acelerar nos próximos anos e que, se não houver uma transformação radical de políticas públicas e estrutura da economia, a presença humana no planeta viverá uma nova era, muito mais hostil.
No horizonte, a projeção é de que o aquecimento do planeta provoque em diferentes partes uma “ruptura social”. Mas, em todos os cenários para o século 21, as conclusões apontam para a mesma direção: serão os mais pobres e vulneráveis que pagarão um preço mais elevado – e por vezes inável – pela transformação climática.
A partir de segunda-feira, o IPCC ( Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) começa a publicar uma série de novos informes, num calendário que está previsto para durar até fevereiro de 2022.
Segundo o IPCC, a temperatura pode exceder nos anos 2030 a marca de 1,5°C em relação ao período de 1850-1900, com uma probabilidade entre 40% e 60%.
Os glaciais continuarão a perder massa por pelo menos várias décadas, mesmo que a temperatura global esteja estabilizada. Há uma alta possibilidade de que tanto a Groenlândia quanto as placas de gelo da Antártida continuarão a perder massa ao longo deste século.
O IPCC também desfaz qualquer ilusão sobre a questão das cidades costeiras. “É praticamente certo que o nível médio global do mar continuará a subir ao longo do século 21, com uma provável elevação de 0,28-0,55 m (no cenário menos pessimista) e 0,63-1,02 m (no cenário mais pessimista) em relação à média de 1995-2014”, diz.
No caso da Amazônia, o rascunho do informe inclui a floresta entre os pontos do planeta que poderão caminhar para um “ponto de ruptura”.
“A floresta amazônica como um repositório de biodiversidade está ameaçada pela relação entre as mudanças no uso da terra e as mudanças climáticas, que poderia levar a uma transformação ecológica em larga escala e a mudanças biológicas a partir de um floresta úmida em floresta seca e pastagens, reduzindo a produtividade e o armazenamento de carbono”, alerta o informe, em sua versão original.
“Eventos extremos mais frequentes e intensos, adicionais às tendências climáticas progressivas, estão empurrando mais ecossistemas para pontos de ruptura além dos quais mudanças abruptas ou transições para um estado degradado ou totalmente diferente podem ocorrer”, alertam.
O acumulado de alertas de desmatamento em 2021 na Amazônia foi de 8.712 km², segundo dados divulgados nesta sexta-feira (06/08) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). É a segunda pior temporada em cinco anos, faltando um dia para fechar o ciclo, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte (os dados disponíveis vão até o dia 30 de julho).
Fonte: El País
08/12/2021 @ 11:08
[…] principal conclusão é que a Amazônia se aproxima cada vez mais de um ponto de ruptura, em que a degradação da floresta entrará em um processo automático, não podendo mais ser […]
08/04/2022 @ 08:00
[…] incorreto de resíduos: todos esses são problemas enfrentados pela sociedade atual e que colocam o futuro do planeta em risco. Além disso, são problemas que, muitas vezes, estão diretamente ligados a um modelo de […]