Fome pode matar 1,4 milhão de crianças este ano

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A fome ainda ceifa a vida de milhões de crianças pelo mundo. Somente no nordeste da Nigéria, Somália, Sudão do Sul e Iêmen, 22 milhões de crianças am fome, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). E entre elas 1,4 milhão estão em risco iminente de morte agora em 2017, devido à desnutrição aguda.

A situação no Sudão do Sul já vem preocupando há algum tempo. 5 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar severa, o último o antes de chegar à situação de fome aberta, no qual as pessoas começam a morrer de fome diariamente. 2% da população está morrendo de fome.

Nos quatro países citados, as crianças estão fora da escola, doentes e vivem como vítimas de deslocamento forçado, segundo o diretor dos Programas de Emergência do UNICEF, Manuel Fontaine.

No Brasil a situação também é crítica: mais de sete milhões de brasileiros aram fome em 2013, constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, divulgado no fim de 2014. Os números já podem ser maiores, devido à crise que o país enfrenta.

Um em cada quatro lares brasileiros ainda vivia em 2013 algum grau de insegurança alimentar, mesmo com o país em crescimento. Os números agora mostram um país em recessão, com mais brasileiros desempregados, menos poder de compra e o a alimentos.

Muitas famílias dependem de benefícios como o Bolsa Família para colocarem alimento na mesa. Apesar disso, em julho, o governo fez o maior corte da história do programa: foram 543 mil benefícios cortados. De julho de 2014 a julho de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas. E o Brasil atualmente corre o risco de voltar para o mapa da fome, de acordo com um relatório elaborado por cerca de 20 entidades da sociedade civil.

 


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