Ex-carteiro cria projeto para distribuir livros paradidáticos pelo Brasil

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Aos 32 anos de idade, ele já viajou por mais de 65 cidades e distribuiu mais de 8 mil livros, obtidos através de doações ou comprados por ele em sebos

Imagem: Gazeta Web

Por: Isabela Alves

Há oito anos, o ex-carteiro alagoano Tiago Silva, conhecido também como Mochileiro pela Educação, viaja por diversos estados do Brasil distribuindo livros em escolas públicas, aldeias indígenas, quilombos, ONGs e grupos de jovens que encontra pelo caminho.

Aos 32 anos de idade, ele já viajou por mais de 65 cidades e distribuiu mais de 8 mil livros, obtidos através de doações ou comprados por ele em sebos. Outros 5 mil livros serão distribuídos quando as viagens forem permitidas novamente. 

O seu primeiro contato com a literatura foi com uma versão resumida do livro ‘Os Miseráveis’, do romancista francês Victor Hugo. Desde então, ele não parou mais de ler. Para Tiago, os livros são uma maneira de olhar além da sua realidade. 

Depois que se formou em Gestão de RH como bolsista do ProUNI e fez especialização em psicopedagogia, ele transformou a causa da educação em sua razão de viver.

Além da distribuição de livros, Tiago também promove palestras, lives e oficinas online com o objetivo de inspirar os jovens e mostrar que a educação pode transformar a vida deles da mesma maneira que a sua vida foi transformada. 

Durante a universidade, Tiago já criou seu primeiro projeto literário. Chamada ‘Conversando sobre carreira’, a iniciativa levava profissionais de diversas áreas para falar sobre carreira para estudantes de escolas públicas do interior de Alagoas.

No entanto, muitos palestrantes não conseguiam dar palestras em cidades mais distantes. Nasceu aí a ideia de criar o projeto itinerante. Em cada viagem, a mochila de Tiago carrega entre 100 e 150 livros. 

Tiago também mantém programas de doação de livros para bibliotecas e escolas públicas. Seu mais novo projeto, chamado Box Mochileiro, cria um espaço móvel de leitura nas áreas de convivência das escolas, já contando com 200 obras escolhidas de acordo com a faixa etária dos alunos.

Fonte: ECOA | UOL