Educar para a condição humana

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… a condição humana deveria ser o objeto essencial de todo ensino.

(MORIN, Edgar; 2015, p.141)

 

Emociona saber que conseguimos chegar até a lua. Lamentável o fato de que não consigamos chegar até dignidade do outro. É bem este o papel da educação. Claro que temos que ensinar todo o legado da espécie humana, todo o avanço da ciência e da tecnologia, mas enquanto não nos dispmos a ensinar sobre a dignidade humana, rumaremos à autodestruição de nossa espécie, recém surgida.

Quando o homem esteve na lua, o que ele viu de mais lindo, não foi a lua, foi a Terra. O que temos feito com ela? O que temos feito sobre ela? Como estamos tratando as demais pessoas que nela vivem? Nossa agem é tão breve que só se justifica se for usada para apoiar o outro a que juntos, apoiemos o todo. Precisamos nos libertar de métodos arcaicos de ensino que não ensinam efetivamente nada a ninguém, que continuam ignorando a condição humana do estar na Terra, do existir.

Os direitos humanos não surgiram do nada, ao contrário, estão em plena construção, resultante de muitas lutas contra velhos poderes, mas, num momento em que estes velhos poderes e poderosos, velhas ideologias, ainda não totalmente superadas, ganham eco, o que ocorre com os direitos humanos? Sabemos… na pele.

Então o que deve ocorrer na educação? Um movimento pela nossa hominização é a resposta.

Cada educador precisa se ver como aquele que, destemidamente, assume sua posição no desenvolvimento de nossa humanidade. Antes de educarmos para o mercado de trabalho, eduquemos para o cuidado com a nossa espécie. Cada pessoa precisa se ver como um educador para os direitos humanos. Cada pessoa precisa se ver e ser vista como pessoa, com sua dignidade e seu valor, sem nenhum tipo de senão.

 

Referências e sugestões para avançar na temática:

MORIN, E. Ensinar a viver: um manifesto para mudar a educação. Tradução de Edgard de Assis de Carvalho e Mariza Perassi Bosco. Porto Alegre: Sulina, 2015.

MORIN, Edgar; DELGADO, Carlos Jesus. Reinventar a educação: abrir caminhos para a metamorfose da humanidade. Tradução de Irene Reis dos Santos. São Paulo: Editora Palas Athena, 2016.

Explicações das Nações Unidas sobre Direitos Humanos – https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/

Observatório do terceiro setor e postura sobre direitos humanos – /

Campanha Direitos humanos são direitos de todos /

Colunista que trata sobre direitos humanos – /

Consultoria que capacita educadores para os Direitos Humanos – http://www3.eca.usp.br/

Secretaria da justiça, trabalho e direitos humanos – Departamento de direitos humanos e cidadania – http://www.dedihc.pr.gov.br/

Disque Direitos Humanos – https://www.mdh.gov.br/ e https://www.facebook.com

Direitos Humanos: crianças e adolescentes – https://www.mdh.gov.br/

Documentário sobre violação aos direitos humanos – https://www.youtube.com/

ESEDH – Escola de educação em direitos humanos – indicação de filmes e documentários com sinopse – http://www.esedh.pr.gov.br/

Carta Capital recomenda 13 filmes que abordam os direitos humanos – https://www.cartacapital.com.br/

A História dos direitos humanos – http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br

Declaração Universal dos direitos humanos – baixar pdf https://www.ohchr.org/

 

Irene Reis dos Santos

É bacharel e licenciada em letras - Português e Espanhol pela FFLCH - USP, especialista em tradução, pesquisando, no mestrado em Ciências da Educação, sobre participação de estudantes na comunidade por meios de Grêmios. Atualmente, leciona espanhol no Instituto Cervantes, contribui com editoras e é diretora da CORE - Comunidade Reinventando a Educação (coreduc.org), entidade do terceiro setor que fomenta parcerias em prol da educação pública. Irene acredita que as vivências interculturais e a aprendizagem baseada em projetos de vida em comunidade são a chave para o complexo desenvolvimento da sociedade planetária.

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