Documentário norte-americano questiona ‘dogmas’ do Terceiro Setor
ONGs em AçãoPor que executivos de empresas que provocam danos ambientais podem receber altos salários, mas os executivos das ONGs, que preservam e recuperam o meio-ambiente, não podem? Por que empresas podem investir em publicidade em marketing para atingir seus resultados, mas ONGs que buscam resolver problemas sociais não devem?
Essas são apenas algumas das perguntas provocadoras que Dan Pallotta, um empreendedor social norte-americano expõe em seu documentário Uncharitable, infelizmente, não disponível em streaming para o público brasileiro.
Mas é possível conhecer um pouco mais sobre Dan Pallotta e seu filme por meio de uma resenha crítica produzida por duas pesquisadoras, Susan Appe, professora associada da Universidade de Albany, nos Estados Unidos, e Bruna Morais Holanda, brasileira, doutoranda da Fundação Getúlio Vargas.
A nosso pedido, Bruna verteu para o português o artigo, que foi publicado originalmente em inglês no Journal of Social Equity and Public istration, ligado à Seção sobre Democracia e Justiça Social da Sociedade Americana de istração Pública e apoiado por três universidades: Universidade de Minnesota, Universidade Commonwealth da Virgínia e Universidade de Nebraska Omaha.
Vale muito a pena ler o artigo e conhecer as ideias de Dan Pallotta!

UNCHARITABLE: RESENHA CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO
Por Susan Appe e Bruna de Morais Holanda
A noção de que os bens e serviços públicos pertencem exclusivamente ao domínio do governo tem sido, há muito tempo, desafiada. As organizações sem fins lucrativos desempenham um papel significativo na influência e na contribuição para a istração pública e para as políticas públicas. No entanto, um elemento-chave relacionado ao papel do setor sem fins lucrativos na oferta de bens e serviços públicos tem sido a tensão gerada por seu “imperativo de distinção” (isto é, as características ou combinação de lógicas que tornam as organizações sem fins lucrativos únicas, especialmente em relação ao governo e ao setor com fins lucrativos) e seu “imperativo de sobrevivência” (isto é, os comportamentos ou lógicas que as organizações sem fins lucrativos precisam adotar para sobreviver; ver Salamon 2002). O imperativo de distinção, em particular, tem sido central para o desenvolvimento do setor sem fins lucrativos. Ele sugere que as organizações sem fins lucrativos são especialmente bem posicionadas para desempenhar muitos papéis que nem o governo nem o mercado podem — ou querem — desempenhar. Em resumo, o setor é posicionado como “motivacional e organizacionalmente distinto” dos setores público e privado (Goodin 2003, p. 359).
Muitos estudiosos ressaltam as características organizacionais centrais do setor sem fins lucrativos e afirmam que essas são, por sua vez, cruciais para a sua sobrevivência. Por exemplo, Salamon, Geller e Newhouse (2012) apresentaram valores distintos que estão em “acordo básico” entre organizações sem fins lucrativos. As sete características são: “ser produtivo, eficaz, enriquecedor, capacitador, responsivo, confiável e cuidadoso” (Salamon et al. 2012, p. 4). Estudos sobre a “não lucratividade” também sugerem um enquadramento baseado na distinção. Esses estudos tendem a se apoiar na característica da propriedade como a dimensão que distingue e separa as organizações sem fins lucrativos das demais (Knutsen e Brock 2014).
Pesquisadores também demonstram que os governos e o público geralmente “não compreendem bem as qualidades especiais do setor sem fins lucrativos” (Salamon et al. 2012, p. 12). Outros lamentaram que o setor tenha sofrido uma “negligência política”, o que levou à estagnação das políticas voltadas a ele (Anheier e Toepler 2019). Em resposta, Anheier e Toepler (2019) argumentam a favor de maior atenção e reforma política, promovendo e reconhecendo ainda os papéis funcionais distintos das organizações sem fins lucrativos. Ao lado dessas perspectivas, entretanto, cresce o descontentamento com o próprio posicionamento de distinção do setor. Dan Pallotta, com seu novo filme Uncharitable, é uma das principais vozes desse campo.

Resumo de Uncharitable
Uncharitable é um documentário de 2023 dirigido por Stephen Gyllenhaal, baseado no livro homônimo de Dan Pallotta, publicado em 2008, e que incorpora a palestra TED de Pallotta apresentada em março de 2013. Dan Pallotta é uma figura conhecida no mundo das organizações sem fins lucrativos, e o filme será familiar para quem acompanha seu trabalho. O documentário entrelaça a palestra TED de Pallotta e sua história de vida, às vezes oferecendo talvez um pouco demais de ambos. No entanto, a intersecção entre o profissional e o pessoal ressalta a trajetória de Pallotta e seu profundo compromisso com suas ideias. A inclusão de sua participação em movimentos relacionados ao HIV/AIDS, o impacto do câncer de mama em sua família, e o fato de ser um pai gay de trigêmeos adiciona uma dimensão profundamente pessoal à discussão mais ampla.
O documentário enfatiza a necessidade de reconsiderar as “regras do jogo” que moldam a filantropia e o setor sem fins lucrativos. O filme adiciona entrevistas e trechos de figuras importantes do setor, como Scott Harrison, fundador e CEO da Charity: Water; Dorri McWhorter, CEO da YMCA de Chicago; e Darren Walker, presidente da Fundação Ford, entre muitos outros. Ele apresenta três “escândalos” envolvendo organizações sem fins lucrativos: o colapso da organização criada por Pallotta, o Wounded Warrior Project, e o caso Kony 2012. Ao longo do filme, Pallotta destaca o que chama de cinco áreas de discriminação enfrentadas pelo setor sem fins lucrativos:
- Remuneração – No setor com fins lucrativos, uma remuneração maior está alinhada com a produtividade. No entanto, no setor sem fins lucrativos, há a crença de que os indivíduos devem ser modestamente remunerados, com a maior parte dos fundos direcionada à causa da organização. Consequentemente, muitas pessoas que poderiam contribuir para causas sociais optam por trabalhar em corporações com fins lucrativos, desviando seus talentos dos esforços filantrópicos.
- Publicidade e marketing – Estudos indicam que o principal fator de uma doação é simplesmente ser solicitado. No entanto, surge um paradoxo em relação à perspectiva dos doadores sobre publicidade e marketing. Embora reconheçam a importância dessas atividades para gerar mais doações, hesitam em ver suas contribuições direcionadas a essas finalidades.
- Risco – Organizações sem fins lucrativos frequentemente têm dificuldade em adotar inovações e assumir riscos devido ao receio de que erros sejam interpretados como desperdício de fundos dos doadores. Essa aversão ao risco, enraizada no medo de má alocação de recursos, limita a capacidade do setor de explorar e investir em iniciativas inovadoras.
- Tempo – Espera-se que organizações sem fins lucrativos apresentem resultados imediatos, pois qualquer atraso pode levar à interrupção do apoio financeiro. Essa pressão por resultados instantâneos prejudica a capacidade dessas organizações de realizar projetos com objetivos mais amplos e de longo prazo.
- Geração de lucro – Organizações sem fins lucrativos são proibidas de participar do mercado de ações, limitando suas oportunidades de crescimento financeiro. A ausência desse mecanismo de financiamento representa um obstáculo à sustentabilidade do setor e à sua capacidade de atrair investimentos que poderiam fortalecer suas missões sociais.
Contribuições de Pallotta
Há muito a se elogiar nos argumentos de Pallotta. Primeiro, Pallotta, mesmo antes deste filme, já havia chamado atenção para desinformações e equívocos importantes sobre organizações sem fins lucrativos. Ele destacou de forma eficaz as preocupações relativas ao financiamento limitado para despesas istrativas. Essa questão perpetua um ciclo contraproducente: os doadores frequentemente preferem que suas contribuições apoiem diretamente atividades programáticas, em vez de despesas istrativas. Como resultado, as organizações sem fins lucrativos podem minimizar seus gastos istrativos para manter baixas as proporções de custo, por vezes negligenciando investimentos em governança, planejamento estratégico e compliance (Krawczyk, Wooddell e Dias 2017). Isso, por sua vez, alimenta um clima de desconfiança em relação aos gastos com overhead (custos operacionais), agravando o problema.
Foi nesse contexto que surgiu a campanha “Overhead Myth”, liderada pelo GuideStar (atualmente Candid), pela Better Business Bureau (BBB) Wise Giving Alliance e pela Charity Navigator — muito provavelmente influenciada pelo trabalho de Pallotta e pela atenção que ele estava recebendo. No cerne da campanha está o desafio à percepção convencional de que os custos de overhead são meramente encargos istrativos, propondo que sejam vistos como investimentos cruciais na capacidade organizacional. Esses recursos são indispensáveis para que as organizações sem fins lucrativos cumpram eficazmente suas missões e gerem impacto social significativo no curto, médio e longo prazo.
A campanha “Overhead Myth” advoga por uma mudança na forma como o desempenho das organizações sem fins lucrativos é avaliado, propondo o uso de métricas alternativas como estudos de alocação funcional do tempo, educação contínua para os conselhos de istração e revisões internas regulares de políticas, entre outras. Além disso, a campanha enfatiza a importância de manter o foco principal na missão da organização e de avaliar se ela está sendo realizada, ao mesmo tempo em que educa os financiadores para que estabeleçam expectativas realistas.
Em segundo lugar, Pallotta também traz à tona a figura da mídia e exige que consideremos (e examinemos criticamente) seu papel na formação da nossa compreensão sobre organizações sem fins lucrativos. O filme argumenta de forma convincente que, na maioria das vezes, o público enxerga a atuação do setor por meio da “lente do escândalo”. Para ilustrar esse argumento, o documentário apresenta exemplos reais, como a experiência do próprio Pallotta e dois outros casos de organizações americanas: o Wounded Warrior Project e o Kony 2012. Esses exemplos são utilizados para mostrar como a cobertura midiática pode distorcer a percepção pública, rotulando equivocadamente custos operacionais legítimos como atividades ilícitas, e assim, danificando a reputação de entidades sem fins lucrativos.
O argumento central do filme responde aos vários relatos da mídia que caracterizam os gastos das organizações, não diretamente vinculados à sua causa principal, como apropriação indevida. Tal cobertura tende a criminalizar organizações sem fins lucrativos. O documentário sustenta, no entanto, que esses gastos são amplamente compreendidos como despesas operacionais legítimas no mundo dos negócios, abrangendo áreas como marketing, estratégia, gestão e crescimento.
O que está ausente em Uncharitable
Também identificamos que alguns temas fundamentais ficaram ausentes em Uncharitable e nas discussões que o filme suscita. Uma questão refere-se à viabilidade de enfrentarmos desafios globais dentro do próprio arcabouço do capitalismo — notadamente o mesmo sistema que deu origem aos desafios que enfrentamos. Isso nos leva a questionar a relação entre filantropia, democracia e capitalismo. Embora se reconheça que o setor sem fins lucrativos represente amplamente a vida associativa promovida pela análise de Tocqueville sobre a democracia na América como sendo mutuamente benéfica tanto para seus membros quanto para a sociedade (Eikenberry 2007), existem visões mais críticas em relação à filantropia. Em especial, no caso da filantropia de elite, alguns estudiosos destacam sua tendência de concentrar considerável poder sobre interesses públicos nas mãos de poucos indivíduos afluentes. Essa concentração de poder permite que eles tomem decisões sobre questões que afetam vastos segmentos da população, frequentemente com base em preferências pessoais (Hall 2013). Nesse sentido, talvez não seja do interesse desses indivíduos ricos advogar por mudanças no sistema que facilitou sua acumulação de riqueza (Barnett 2023). Sem questionarmos esses sistemas, qualquer mudança social pode se reduzir a pequenos ajustes dentro do status quo existente.
Em meio a esses debates, reconhecer as limitações do capitalismo na promoção da equidade social, econômica e ambiental leva estudiosos a defenderem a centralidade de modos alternativos de organização e ação dentro do próprio sistema capitalista (ver Cruz, Alves e Delbridge 2017).
Esse ponto destaca outra questão que consideramos ter sido negligenciada em Uncharitable. O setor sem fins lucrativos é diverso, abrangendo desde grandes organizações bem estabelecidas até pequenos grupos comunitários. Com seu foco em grandes organizações como o Wounded Warrior Project e o Kony 2012, o filme deixa de abordar os desafios únicos enfrentados pelas organizações menores dentro do universo filantrópico. Em termos numéricos, nos Estados Unidos, por exemplo, dados da Receita Federal (IRS) mostram que, entre as entidades de caridade e outras organizações isentas de impostos, uma parte significativa (56%) eram instituições pequenas (aquelas que recebem até US$ 500 mil por ano em receitas brutas) (IRS 2023). Além disso, existem grupos que operam informalmente ou que estão abaixo do limite exigido para registro no IRS, atuando com menos de US$ 5 mil anuais em receitas brutas.
Essas pequenas organizações sem fins lucrativos assumem um papel importante. A construção de espaços democráticos e uma sociedade civil forte são centrais para a noção de distinção do setor. Pesquisas indicam que, em comunidades de baixa renda, embora o voluntariado institucionalizado formal possa ser escasso, existe uma presença consistente de ajuda mútua voluntária e o cultivo de recursos econômicos informais (Benenson e Stagg 2016). Além disso, organizações que trabalham com equidade social e atendimento a populações marginalizadas tendem a se esforçar deliberadamente para incluir vozes sub-representadas em suas equipes. Essas organizações, especialmente aquelas que valorizam a diversidade na liderança, são geralmente menores, enfrentam sérias restrições financeiras, e ainda assim costumam alcançar resultados notáveis apesar dos recursos limitados, essencialmente, “fazendo mais com menos” (Mumford 2022). Elas, contudo, não ocupam papel central na narrativa de Uncharitable.
Por fim, uma questão que permanece pouco abordada no filme é o papel de outros setores, particularmente o governo, na solução de problemas sociais e na sua relação com o setor sem fins lucrativos. Em nível global, as parcerias entre organizações sem fins lucrativos e governos estão em crescimento, variando entre o compartilhamento de informações e esforços coordenados até colaborações formais, cada qual contribuindo com perspectivas distintas para o enfrentamento dos problemas estruturais (Toepler e Abramson 2021). Está cada vez mais evidente que enfrentar questões públicas complexas requer colaboração entre múltiplos setores. Há um pequeno reconhecimento disso ao final do filme, mas não o suficiente. Confiar exclusivamente no setor sem fins lucrativos para lidar com todos os desafios globais não é prático nem desejável — especialmente em países com estruturas políticas baseadas no modelo de Estado de bem-estar, onde se espera que o setor público desempenhe um papel mais relevante.
Conclusão
Não há muitas novidades em Uncharitable em relação ao que já sabemos sobre Pallotta e suas cinco áreas de discriminação do setor sem fins lucrativos. Os argumentos são trazidos à vida com mais vigor neste documentário, por meio de casos relevantes e de nomes proeminentes da área que se juntam à conversa. O argumento central de Pallotta permanece o mesmo: o imperativo de distinção do setor sem fins lucrativos, que o próprio setor adotou, está alimentando um tratamento diferenciado que ele considera injusto e contraproducente.
Talvez, no formato de um filme, Uncharitable tenha o potencial de alcançar tanto públicos estabelecidos quanto novos — incluindo organizações sem fins lucrativos, filantropos, empreendedores sociais, formuladores de políticas públicas, ativistas, doadores e o público em geral — mas também os meios de comunicação, que são retratados como parte do problema. Uma exibição do filme também pode ser útil para servidores públicos e líderes de organizações sem fins lucrativos em início de carreira, especialmente aqueles que estejam cursando programas de istração pública e políticas públicas, além de estudantes de outros cursos profissionais.
Em suma, o imperativo de distinção do setor sem fins lucrativos está sendo desafiado neste filme. Isso nos deixa desconfortáveis, como pesquisadores do setor. No entanto, diante das expectativas normativas pouco razoáveis impostas ao setor e da complexidade dos problemas públicos que enfrentamos atualmente, provavelmente chegou a hora de termos essas conversas. Ainda assim, não queremos que algumas das grandes questões do setor e da sociedade — como capitalismo, democracia, sociedade civil, poder, equidade e outras — sejam esquecidas ou deixadas de lado nesse processo.
Referências
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Sobre as autoras
Susan Appe ([email protected]) é professora associada de istração Pública e Políticas Públicas no Rockefeller College of Public Affairs & Policy da University at Albany, SUNY. Sua pesquisa se concentra nas relações entre governos e organizações sem fins lucrativos, bem como na relação entre sociedade civil, ajuda externa e desenvolvimento. Foi coeditora-chefe da revista VOLUNTAS (2020–2024) e editora da seção de Ensino Comparado de Políticas Públicas da Journal of Comparative Policy Analysis (JA) (2023–2024).
Bruna de Morais Holanda ([email protected]) é doutoranda em istração Pública e Governo na Fundação Getulio Vargas, FGV-SP (Brasil), e foi pesquisadora visitante Fulbright no Rockefeller College of Public Affairs & Policy da University at Albany, SUNY. Também é pesquisadora do Departamento de Pesquisa em Filantropia da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES).
*Esta resenha crítica foi originalmente publicada em inglês, no Journal of Social Equity and Public istration. Pedimos que se ela for referenciada em alguma outra publicação, a referência seja feita ao texto original, como segue:
Appe, S., & Holanda, B. D. M. (2025). Uncharitable Film Review. Journal of Social Equity and Public istration, 3(1), 197–201. https://doi.org/10.24926/jsepa.v3i1.6094