Dia Mundial do Rim: sociedade civil atua na conscientização sobre doenças renais
Impacto das ONGsCoordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, a campanha do Dia Mundial do Rim foca em disseminar informações sobre as doenças renais. Neste ano, o tema é: Seus rins estão OK? Faça exame de creatinina para saber

Por Lucas Neves
Nesta quinta-feira (13), é celebrado o Dia Mundial do Rim, criado para alertar a população sobre as doenças renais e estimular práticas de prevenção e diagnóstico. No Brasil, a data é coordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, cujo foco é disseminar informações sobre o tema por meio de diferentes ações. Além disso, a campanha conta com a colaboração de outros agentes da sociedade civil, como a Fundação Pró-Rim.
No Brasil, houve aumento superior a 150% no número de atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS) para doenças renais crônicas (DRC), entre 2019 e 2023. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde em boletim epidemiológico, mostram que o crescimento foi superior nas regiões Sudeste e Sul do país. Em nota, o Ministério destacou a importância da atenção primária para a prevenção e controle dessas enfermidades.
Este ano a campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia está com o tema “Seus rins estão OK? Faça exame de creatinina para saber”, com foco em estimular a prevenção e os diagnósticos precoces da doença. Segundo a organização, a estimativa anual é de que, aproximadamente, 50 mil pessoas com doença renal morram antes de ter o à diálise ou ao transplante.
Atuação do Fundação Pró-Rim
Em colaboração com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a Fundação Pró-Rim realiza diversas ações nos municípios onde possui clínicas instaladas, como ville (SC), onde está disposta sua matriz. Além de palestras e visitação às clínicas de hemodiálise, a fundação promove testes rápidos de glicemia capilar e de creatinina, fundamentais para monitorar a saúde dos rins e identificar DRC.
Os testes fazem parte do “Estudo EPI-DRC Brasil”, organizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e coordenado pela Dra. Viviane Calice-Silva, médica nefrologista da Fundação Pró-Rim. Em nota, a organização afirmou que o objetivo do estudo é “fazer um rastreamento da doença renal crônica para adultos com fator de risco para esta comorbidade”. Segundo a fundação, esse grupo inclui pessoas com mais de 60 anos, tabagistas e possuidores de comorbidades como: hipertensão, diabete e obesidade.
Criada em 1987, a Fundação Pró-Rim é uma entidade de istração privada, filantrópica sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública municipal, estadual e federal. Ela surgiu após os médicos nefrologistas, Dr. José Aluísio Vieira e Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho, identificarem as dificuldades enfrentadas por pacientes com doenças renais na saúde pública.
A Fundação diz realizar, anualmente, mais de 115 mil sessões de hemodiálise, tendo ultraado a marca dos 2.000 transplantes renais. Além disso, cerca de 99% dos seus pacientes são oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O que são doenças renais crônicas?
O termo Doença Renal Crônica (DRC) foi criado para representar alterações heterogêneas capazes de afetar a função e a estrutura dos rins. Geralmente silenciosa e identificada de forma tardia, ela decorre de diferentes causas e possui múltiplos fatores de risco.
Causando alteração na capacidade dos rins em filtrar o sangue e eliminar as impurezas na urina, a DRC pode ser tornar grave, necessitando de tratamento imediato, como o procedimento de hemodiálise, cujo foco é substituir a função dos rins por meio de uma máquina.