Dia Mundial de Combate ao Câncer: mudar hábitos ajuda a evitar a doença

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Por Josilene Rocha

Leucemia infantil cada vez mais perto da cura
Hoje (04/02) é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data serve para conscientizar as pessoas sobre a doença, que já causa 7,4 milhões de mortes, por ano, ao redor do mundo, segundo o Programa de Ação para Terapia de Câncer (Pact).

Diferentemente do que muitos imaginam, apenas uma pequena parcela dos casos letais da doença tem como principal causa a herança genética. Para o oncologista Artur Malzyner, da Clínica de Oncologia Médica (CLINONCO) e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), “boa parte dos tumores malignos letais estão ligados a hábitos arraigados na sociedade, como tabagismo, sedentarismo e má alimentação”. Assim, o que geralmente determina o desenvolvimento de um câncer é o estilo de vida da pessoa – algo que pode ser mudado.

Outro fator de risco, segundo o médico, é o tipo de vida sexual que a pessoa leva, já que uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) pode ser o primeiro o para o desenvolvimento de um tumor maligno.

Um ponto importante para combater o número de mortes por câncer é a realização de exames periódicos, que torna possível ter um diagnóstico de forma relativamente rápida. Relativamente, porque, como lembra Malzyner, “existe um gargalo entre a busca do atendimento e o atendimento efetivo, o que faz com que o diagnóstico, muitas vezes, demore”. Ao menos essa ainda é a realidade para quem depende do Sistema Público de Saúde (SUS), apesar da Lei 12.732/12, conhecida como Lei dos 60 dias, que estabelece que o paciente de câncer tem direito a iniciar o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico da doença.

De acordo com o médico, enquanto a medicina aplicada no sistema privado brasileiro evolui, alcançando um índice de cura próximo à média mundial, que é de aproximadamente 60%, no sistema público o índice é muito inferior, devido à falta de infraestrutura, que vai da demora no diagnóstico até o tratamento. “Nós avançamos muito na medicina privada, mas muito pouco na pública”, conclui.


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