Como ser um jovem criativo no mercado de trabalho

Por Wandreza Bayona
Considerada uma soft skill, habilidade comportamental essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional, a criatividade é uma qualidade adquirida ou estimulada por meio de hábitos e ações que incentivam o pensamento “fora da caixa”. No mercado de trabalho, o perfil criativo é altamente valorizado pelas empresas, que reconhecem nessa capacidade, uma forma de promover mudanças, aumentar a produtividade e gerar impactos positivos para a organização como um todo.
Mas, como desenvolver esse atributo, considerado um dos principais diferenciais no mercado de trabalho? Primeiro, é essencial compreender que a criatividade é uma característica natural do ser humano, manifestada de diversas maneiras desde a infância, como ao imaginar, contar histórias e resolver problemas complexos. No ambiente profissional, a criatividade é valorizada porque permite aos profissionais enxergarem desafios sob novas perspectivas e apresentarem soluções inovadoras.
Para atingir seu potencial máximo no ambiente profissional, a criatividade deve ser estimulada e cultivada. Grandes ideias capazes de provocar mudanças significativas não surgem da noite para o dia; são fruto de reflexão, dedicação e esforço constante. A habilidade de criar é frequentemente vista como um dom, mas na verdade é uma competência que pode ser aprendida e exercitada.
Aprender a escutar e estar aberto a ideias e sugestões, cria um ambiente propício para captar novas perspectivas. Um o importante para expandir seu horizonte é reservar tempo para desenvolver a criatividade, permitindo-se ter diversas experiências além da rotina de trabalho para enriquecer seu repertório. Participar de eventos culturais, artísticos e literários, ler livros, manter-se atualizado sobre uma variedade de temas e tendências na sua área de interesse e interagir com pessoas que estimulam o pensamento criativo, além de modificar práticas habituais no dia a dia, podem tirar uma pessoa da zona de conforto e estimular outros pontos de vista e perspectivas.
Alguns hábitos devem ser evitados para não prejudicarem o potencial de uma visão inovadora. Obstáculos como o comodismo e a procrastinação precisam ser superados para aumentar a capacidade de expansão da mente e manter-se aberto à reinvenção. Lembre-se, um perfil criativo não se contenta com soluções óbvias. Pessoas criativas são curiosas, questionadoras e sempre consideram diferentes possibilidades para um mesmo problema
Por fim, aprender com os erros é fundamental: transformar falhas em oportunidades de aprendizado e ajustes, contribuindo para um processo contínuo de desenvolvimento criativo. Deixe de lado o medo de errar. Frequentemente, o medo interfere no processo criativo. Somos condicionados a encarar os erros como algo negativo, mas ao lidar com novas ideias, é essencial compreender que, mesmo que algo não saia perfeito na primeira tentativa, sempre há espaço para aprender e evoluir.
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*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.
Sobre a autora: Wandreza Bayona é CEO do Instituto Ser+, que desde 2014 atua na criação e desenvolvimento de oportunidades para a juventude, formada em Serviço Social pelo Centro Universitário FMU, com especialização em responsabilidade social corporativa e terceiro setor pela universidade FIA (Fundação Instituto de istração) e LDR pela Saint Paul. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Responsabilidade Social Corporativa, com foco em desenvolvimento e implantação de programas de RSC.