Como desenvolver habilidades socioemocionais no mercado de trabalho atual?

Por Wandreza Bayona
Nos ambientes de trabalho atuais, a capacidade de lidar com as emoções é uma das principais soft skills, termo que designa habilidades comportamentais essenciais para o desenvolvimento de um perfil profissional completo e bem-sucedido. Essas ferramentas, que incluem a inteligência emocional, ajudam os profissionais a se destacarem em suas carreiras. O letramento emocional, que envolve o reconhecimento, a compreensão e o gerenciamento das próprias emoções, é particularmente valioso para quem está no início de uma jornada profissional.
O desenvolvimento de habilidades socioemocionais aprimora a adaptação ao ambiente corporativo, aumenta a resiliência diante de desafios e promove um desempenho mais colaborativo e produtivo. Essas habilidades contribuem para a construção de relacionamentos positivos, facilitam a resolução construtiva de conflitos e fortalecem a capacidade de liderança. Além disso, o letramento emocional é fundamental no combate e prevenção do burnout, síndrome caracterizada por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultantes de ambientes de trabalho desgastantes, altamente competitivos ou de grande responsabilidade.
No mercado de trabalho, investir no desenvolvimento de habilidades socioemocionais não é apenas uma moda ageira, é uma forma de reconhecer as próprias emoções e seus efeitos. A autorregulação e o autocontrole possibilitam gerenciar comportamentos de maneira eficiente e refletir sobre como a transparência em relação a emoções negativas e reações impulsivas podem impactar no dia a dia do ambiente de trabalho.
Dessa forma, é importante destacar que a empatia é essencial no desenvolvimento dessas habilidades, pois permite compreender e compartilhar os sentimentos dos outros, facilitando a construção de relações positivas. Líderes emocionalmente inteligentes inspiram e motivam suas equipes. Profissionais com alto letramento emocional são valorizados no mercado de trabalho por criarem um ambiente de trabalho mais colaborativo, além de serem mais focados e produtivos.
Empresas interessadas em explorar mais sobre como desenvolver essas habilidades podem procurar consultorias especializadas ou se dedicar a programas internos de desenvolvimento emocional para seus colaboradores. É recomendável implementar estratégias como treinamentos, programas de mentoria e contínuo, além de incentivar uma cultura organizacional que valorize e apoie o crescimento emocional.
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*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.
Sobre a autora: Wandreza Bayona é CEO do Instituto Ser+, que desde 2014 atua na criação e desenvolvimento de oportunidades para a juventude, formada em Serviço Social pelo Centro Universitário FMU, com especialização em responsabilidade social corporativa e terceiro setor pela universidade FIA (Fundação Instituto de istração) e LDR pela Saint Paul. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Responsabilidade Social Corporativa, com foco em desenvolvimento e implantação de programas de RSC.