Como a capacitação de jovens em vulnerabilidade social pode transformar o mercado de tecnologia

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Imagem: Adobe Stock

Por Wandreza Bayona 


A constante evolução tecnológica, que reflete a dinâmica do mundo atual, intensifica a procura por talentos qualificados para suprir as demandas do mercado. Segundo um estudo recente do Google, o Brasil enfrentará um déficit de 530 mil profissionais no setor de tecnologia da informação (TI) até 2025. 
 

Neste contexto desafiador, os jovens em situação de vulnerabilidade se destacam como uma valiosa fonte de potencial humano, capaz de catalisar a inovação e impulsionar a transformação do mercado tecnológico. De acordo com dados da Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), estima-se que o mercado de tecnologia no Brasil criará 797 mil vagas de emprego no mesmo período. 

Pensar então na capacitação dos jovens é algo que realmente ganha importância. Além de contribuir para o preenchimento dessa lacuna no mercado de trabalho, programas de formação e capacitação não apenas desenvolvem habilidades práticas, mas também fortalecem a autoestima, confiança e senso de protagonismo desses jovens. Investir na capacitação não só é crucial para a transformação do mercado de tecnologia, mas também representa um o importante na promoção da inclusão social e no impulsionamento do crescimento econômico do país. 

Apesar dos benefícios evidentes, há desafios a serem superados. A falta de o a recursos educacionais e oportunidades de capacitação representam uma barreira significativa para muitos jovens em situação de vulnerabilidade, pois o estigma social frequentemente associado a essa parcela da população dificulta o seu ingresso no mercado de trabalho. Portanto, é crucial a implementação de programas inclusivos que atendam às necessidades específicas dos jovens. A diversidade de perspectivas e experiências que eles trazem consigo tem o potencial de enriquecer o ambiente de trabalho, estimulando a criatividade e facilitando a resolução de problemas. 

E, sob o ponto de vista econômico, investir em capacitação de jovens é uma estratégia inteligente, pois ao oferecer-lhes ferramentas e oportunidades, estamos investindo no futuro da inovação, diversidade e crescimento econômico. É hora de reconhecer o potencial ilimitado desses jovens e fornecer-lhes os meios para que sejam protagonistas da própria história. 

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A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.

*Wandreza Bayona é diretora executiva do Instituto Ser+ que desde 2014 atua na criação e desenvolvimento de oportunidades para a juventude, formada em Serviço Social pelo Centro Universitário FMU, com especialização em responsabilidade social corporativa e terceiro setor pela universidade FIA (Fundação Instituto de istração) e LDR pela Saint Paul. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Responsabilidade Social Corporativa, com foco em desenvolvimento e implantação de programas de RSC.


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