Colômbia e Brasil registram casos de coronavírus entre os povos indígenas

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Na Colômbia, os casos foram identificados em duas pessoas do grupo Yukpa. Já no Brasil, a primeira indígena contaminada é uma jovem de 20 anos da etnia Kokama

Por: Isabela Alves

A Colômbia e o Brasil já registraram os primeiros casos de coronavírus entre os povos indígenas. Na Colômbia, os casos foram confirmados no dia 31 de março entre duas pessoas do grupo Yukpa, que vivem em situação de vulnerabilidade social em abrigos em Cúcuta. As informações são da Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic).

Existem 2 milhões de indígenas que vivem em 115 grupos diferentes na Colômbia, desde as montanhas do norte até a floresta tropical amazônica no sul. Ainda, 56 mil famílias indígenas vivem perto de cidades grandes e pequenas. Outros casos possíveis de coronavírus estão sendo acompanhados nas reservas indígenas. 

No Brasil, o primeiro caso de coronavírus entre os povos indígenas foi confirmado no dia 1 de abril. A contaminada foi uma jovem de 20 anos da etnia Kokama, que trabalha como agente de saúde indígena no interior do Amazonas. Ela vive em uma aldeia com mais de mil indígenas no município de Santo Antônio do Içá, no Alto Rio Solimões. 

Diante do risco de disseminação da doença pela região, duas aldeias foram colocadas em isolamento. A primeira a entrar em quarentena foi a aldeia Lago Grande. A segunda é a São José, onde a indígena contaminada pelo coronavírus vive. 

A preocupação é grande, já que a doença é altamente contagiosa e pode dizimar as comunidades mais vulneráveis, que têm pouca imunidade a doenças comuns fora das aldeias. Seus sistemas imunológicos muitas vezes são frágeis, e sujeitos a desnutrição, hepatite B, diabetes e doenças respiratórias como a tuberculose, segundo os especialistas.

Fontes: Agência Brasil, Exame e G1.


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