Participação da sociedade civil é crucial no C20 para o G20
Direitos HumanosA participação da sociedade civil no G20 contribui para enfrentar desafios globais de maneira colaborativa e fundamentada; com protagonismo no C20, as OSCs trazem diversidade de vozes, oferecendo conhecimento especializado, mobilizando a opinião pública, além de atuar como ponte entre comunidades e formuladores de políticas para o fortalecimento da governança global.

O C20 (Civil 20) é o grupo de engajamento que representa a sociedade civil organizada no âmbito do G20. A iniciativa tem como objetivo discutir, formular e apresentar recomendações sobre questões importantes como desenvolvimento sustentável, direitos humanos, igualdade de gênero, saúde, educação, mudanças climáticas, entre outros, assegurando que as vozes de diversas organizações não-governamentais e grupos da sociedade civil sejam ouvidas e consideradas pelo Estado.
A participação das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no C20 é essencial para a construção de políticas públicas inclusivas e eficazes. As OSCs participam de discussões e conferências, promovem suas agendas e recomendam políticas aos líderes do G20 por meio de advocacia e lobbying. Conduzem pesquisas e consultas, fornecendo dados valiosos que influenciam decisões políticas e elaboram propostas detalhadas. Além disso, monitoram e avaliam a implementação das políticas, garantindo transparência e responsabilização. As OSCs trazem diversidade de vozes, oferecem conhecimento especializado, mobilizam a opinião pública e atuam como ponte entre comunidades e formuladores de políticas, fortalecendo a governança global.
Nesta edição brasileira, o C20 é presidido por Henrique Frota, representante da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e tem como Sherpa Alessandra Nilo, cofundadora da ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, fundada há 31 anos.
“Agora, a intensidade do trabalho fica mais dirigida à incidência política, aos diálogos com os participantes do G20 e com os demais grupos de engajamento, sempre buscando a incorporação das nossas proposições dentro das declarações do G20, na trilha Sherpa e na trilha de finanças”, pontua Frota.
Existem temas prioritários no G20, e para que todos estes assuntos complexos sejam cuidadosamente trabalhados, existem 10 grupos de trabalho temáticos do C20:
- Economias justas, inclusivas e antirracistas;
- Sistemas alimentares, fome e pobreza;
- Meio ambiente, justiça climática e transição energética justa;
- Comunidades sustentáveis e resilientes e redução do risco de desastre;
- Saúde integrada para todas e todos;
- Educação e cultura;
- Digitalização e tecnologia;
- Direitos da mulher e igualdade de gênero;
- Filantropia e desenvolvimento sustentável;
- Governança democrática, espaço cívico, combate à corrupção e o à justiça (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16 da ONU).
Nos dias 1º e 2 de julho, a Casa Firjan, no Rio de Janeiro, realizou a segunda reunião global do C20 Brasil, com presença de organizações da sociedade civil, autoridades e especialistas de todo o mundo. Na ocasião, foram apresentadas e debatidas uma série de recomendações de políticas elaboradas pelo grupo para diminuir as desigualdades nas nações que compõem o G20.
Em novembro, será a vez de representantes dos 20 países da cúpula se reunirem no país para discutir muitos dos temas globais debatidos e recomendados pelo C20. “Por isso a importância de a sociedade civil estar bem alinhada e engajada nessa incidência, mostrando os resultados do que vem sendo desenvolvido como as recomendações pelos 10 grupos de trabalho”, reforça Alessandra.
A participação das Organizações da Sociedade Civil no C20 demonstra a importância de integrar a sociedade civil no processo de formulação de políticas públicas globais. À medida que o encontro do G20 se aproxima, a colaboração e o alinhamento entre os grupos de trabalho do C20 e os líderes mundiais serão cruciais para assegurar que as recomendações sobre temas como sustentabilidade, justiça social e direitos humanos sejam consideradas nas decisões finais. Esse engajamento contínuo fortalece a democracia, promove a transparência e garante que as vozes das comunidades ao redor do mundo sejam ouvidas, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e inclusivo.
Para entender em profundidade também sobre o G20, o caderno Para Entender o G20 foi disponibilizado no site do C20 para difundir as informações para a sociedade brasileira.
O C20 está relacionado com diversos ODS da ONU, pois suas discussões e recomendações abrangem uma ampla gama de questões sociais, econômicas e ambientais, sendo os principais os ODS 1 (Erradicação da Pobreza), ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 5 (Igualdade de Gênero), ODS 7 (Energia Limpa e ível), ODS 10 (Redução das Desigualdades), ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis), ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes). Esses ODS refletem o compromisso do C20 em promover políticas que abordem de forma integrada os desafios globais.
Sobre o C20
O C20, ou Civil Society 20, é um dos grupos de engajamento do G20, que permite a participação da sociedade civil no processo de formulação de políticas, assegurando que as vozes de diversas organizações não-governamentais e grupos da sociedade civil sejam ouvidas e consideradas pelos líderes do G20.
Sobre o G20
O G20 é um fórum internacional que reúne as principais economias do mundo para discutir e coordenar políticas econômicas e financeiras globais.