Brasil registrou mais de 194 mil novos migrantes em 2024

Direitos Humanos
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A 8ª edição do Boletim da Migração mostrou que a Venezuela lidera a lista entre as nacionalidades que mais solicitaram residência do Brasil


Rovena Rosa/Agência Brasil

Em 2024, o Brasil registrou mais de 194 mil novos migrantes, segundo a 8ª edição do Boletim da Migração, publicado pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), no começo de fevereiro. A Venezuela lidera a lista entre as nacionalidades que mais solicitaram autorização de residência no país, com 94.726 pessoas.

Divulgado em nota do Governo Federal, o boletim apresentou também os principais motivos que levaram os estrangeiros a solicitarem abrigo no Brasil. Entre as principais causas estão: reunião familiar (16.567), trabalho e investimentos (14.507) e estudo (8.725). 

“A migração é um fenômeno complexo que demanda respostas coordenadas. Com informações precisas, avançamos na construção de um país mais acolhedor e preparado para os desafios globais”, disse o secretário Nacional de Justiça, Jean Keiji Uema, em nota do governo. Ele também destacou a importância do boletim para subsidiar políticas públicas baseadas em números reais e dados atualizados.

Em relação aos pedidos de refúgio, o relatório apontou para 13.632 pedidos concedidos. Para o Governo Federal, esses números evidenciam as medidas do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e a “atuação do Brasil na proteção humanitária”. A Venezuela também lidera entre as principais nações com mais refugiados aprovados, seguida pelo Afeganistão e a Colômbia.

As informações do relatório se baseia no Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), o qual reúne dados por meio do acordo de cooperação técnica entre o MJSP, o Ministério do Trabalho e Emprego, o MRE, a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade de Brasília (UnB).

ONGs que apoiam migrantes e refugiados no Brasil

Diversos migrantes chegam sem emprego, dinheiro, conhecimento cultural e noção da língua brasileira. Pensando nisso, o terceiro setor brasileiro trabalha na proteção e cuidado dessas pessoas. A seguir, conheça algumas organizações sociais atuantes na causa:

Instituto Adus

O Instituto Adus é uma organização promotora da integração de refugiados na sociedade brasileira. Atuando desde 2010 nesse segmento, ele oferece todo o e para conseguir documentação, intermediação com órgãos públicos e outras ONGs, capacitação, intermediação junto a empresas para colocação profissional e ensino de português. Além disso, o instituto é responsáveis pela escola de idiomas Nós, o Mundo, onde professores refugiados ministram aulas de inglês, francês e espanhol.

Mawon

Fundada por migrantes, a Mawon é uma associação focada em promover diretos e auxiliar na integração socioeconômica e cultural dos migrantes e refugiados. Fundada em 2012, impactou positivamente mais de 12 mil vidas, entregou cerca de 18 mil documentos e gerou mais de 835 mil reais em renda para os migrantes.

Missão Paz

A Missão Paz é uma instituição filantrópica destinada ao apoio e acolhimento a migrantes e refugiados da cidade de São Paulo, um dos principais focos da migração para o Brasil. Em atividade desde os anos 1930, a Missão Paz atende indivíduos de mais de 70 nacionalidades, todos os anos.

ACNUR

O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) é uma organização social internacional que presta e às pessoas obrigadas a deixar suas casas. Ele atua por meio de diferentes programas, projetos e iniciativas que vão desde o acolhimento e proteção até o empoderamento e a integração das pessoas nos países destino.


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