Brasil fica em 96º lugar em Índice de Percepção da Corrupção

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No Índice de Percepção da Corrupção, quanto mais alta a pontuação, maior é a percepção de integridade do país. Índice é principal indicador de corrupção do mundo e, em 2021, Brasil ficou na 96ª posição entre 180 países avaliados

Índice de Percepção da Corrupção
Foto: Adobe Stock | Licenciado

Por Juliana Lima

Em 2021, o Brasil teve um mau desempenho no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), hoje considerado o principal indicador de corrupção no mundo.

Em uma escala de 0 a 100, em que, quanto maior a pontuação, maior a percepção de integridade do país, o Brasil recebeu apenas 38 pontos, a mesma nota que havia recebido no ano anterior.

Apesar de a pontuação ser a mesma, o Brasil caiu duas posições no ranking, ficando na 96ª colocação entre 180 países avaliados.

A má pontuação deixa o Brasil abaixo da média global, de 43 pontos, bem como da média dos BRICS (39 pontos), da média regional para a América Latina e o Caribe (41 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (54 pontos) e da OCDE (66 pontos).

No entanto, essa não é a primeira vez que o país é mal avaliado pelo índice. Com exceção dos anos de 2012 e 2014, o Brasil esteve abaixo da média global do IPC em todas as avaliações.

Em 2021, o Índice de Percepção da Corrupção destacou a relação entre corrupção, abusos de direitos humanos e enfraquecimento da democracia. No ano anterior, o IPC havia relacionado os riscos que a pandemia da Covid-19 poderia trazer para os níveis de corrupção globais.

Para a organização Transparência Internacional, responsável pela divulgação dos dados no Brasil, o país está ando por uma “rápida deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua capacidade de enfrentamento da corrupção“.

“A incapacidade de produzir avanços no combate à corrupção coloca em risco a garantia dos direitos humanos no Brasil. A corrupção é indutora de violações e ativa um ciclo vicioso no qual os direitos e liberdades são erodidos, a democracia perde fôlego e o autoritarismo ganha espaço. Portanto, a luta contra a corrupção não é um mero detalhe quando se fala em direitos humanos. É uma luta imperativa para garantir direitos”, aponta Nicole Verillo, gerente de Apoio e Incidência Anticorrupção da Transparência Internacional no Brasil.

Para ver o relatório completo do IPC, e o site.


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