Biojoias promovem sustentabilidade e empreendedorismo feminino

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Cooperativa de Seringueiros de Ouro Branco do Sul transforma látex em biojoias, promovendo o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, enquanto fortalece o protagonismo das mulheres na comunidade de Itiquira, Mato Grosso.

Foto: Divulgação.

Nos últimos anos, a moda sustentável tem ganhado crescente relevância, apresentando alternativas que combinam estilo e responsabilidade ambiental. Nesse cenário, as biojoias surgem como uma expressão do potencial da natureza para criar beleza e gerar desenvolvimento econômico. Utilizando materiais orgânicos e renováveis, como sementes, fibras e látex, essas peças além de respeitar o meio ambiente, também fomentam o desenvolvimento socioeconômico de comunidades que encontram, nessa prática, uma fonte de renda e valorização cultural.

Um exemplo é a Cooperativa de Seringueiros de Ouro Branco do Sul (COOPSOB), em Mato Grosso, que transforma o látex das seringueiras em biojoias por meio da marca Flores de Seringueira. Com o apoio do Sebrae/MT, a cooperativa promove o empreendedorismo feminino e fortalece a economia local, ao mesmo tempo que incentiva práticas sustentáveis na extração e utilização de recursos naturais.

Fundada em 2012, a COOPSOB se tornou uma referência no uso sustentável do látex, que antes era apenas comercializado como matéria-prima. Hoje, o material é processado em mantas coloridas, posteriormente transformadas em brincos, colares, bolsas e outros órios. Além de impulsionar a renda das mulheres da comunidade de Itiquira, o projeto também contribui para a preservação ambiental, uma vez que as seringueiras são mantidas de forma sustentável.

Segundo Cristiane Silva Reis, diretora da cooperativa, a iniciativa gera impacto econômico e promove o protagonismo feminino. “Estamos revelando talentos locais e criando oportunidades de autonomia para essas mulheres. Com o apoio do Sebrae, aprendemos sobre empreendedorismo, liderança e gestão, o que tem sido essencial para o crescimento da cooperativa”, afirma.

O compromisso com a capacitação também se reflete na participação das cooperadas em eventos como o “Inteiras para Liderar”, o maior encontro de empreendedorismo feminino de Mato Grosso. A experiência foi marcante, segundo Cristiane, e trouxe novas perspectivas sobre o papel dessas mulheres como empreendedoras.

O sucesso da COOPSOB ilustra que a produção de biojoias vai além do artesanato: trata-se de uma ferramenta de empoderamento social e econômico, que une inovação, sustentabilidade e economia circular. Ao transformar recursos naturais em produtos valiosos, a cooperativa assegura a conservação da floresta e o crescimento das mulheres que nela vivem, promovendo um impacto positivo duradouro na comunidade.

A produção de biojoias se alinha com os ODS 1 (Erradicação da Pobreza), ODS 5 (Igualdade de Gênero), ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis), ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e ODS 15 (Vida Terrestre).


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