Bilíngue, ele foi escravizado no Brasil, conseguiu fugir e virou escritor
Mahommah Gardo Baquaqua nasceu livre, no século XIX onde hoje fica o Benin, na África, e em 1845 chegou ao Brasil dentro de um navio negreiro. ou os dois anos seguintes trabalhando forçadamente em diversos estados brasileiros.
O africano foi vítima do tráfico internacional de escravos em 1845, quando a prática já havia sido criminalizada no Brasil. Segundo os historiadores, sua condição de escravo no país nunca foi legal.
Mahommah Baquaqua já era bilíngue quando foi capturado em uma guerra na África. Sua família era muçulmana, e ele falava árabe e ajami, língua local de Djougou, sua cidade natal.
Seu primeiro destino foi Pernambuco, onde ele foi comprado por um padeiro português. O padeiro o obrigou a construir um prédio de pedra. Baquaqua tentou fugir, tentou cometer suicídio e cogitou matar seu dono, porque ele era muito cruel. Por fim, o dono não gostava dele e o vendeu porque Baquaqua estava criando muitos problemas.
Ele foi vendido então para o Rio de Janeiro, onde um capitão de um barco o comprou. Mas o capitão também era cruel e o espancava muito. Isso mostra que Baquaqua sempre quis resistir, lutar, escapar, e eventualmente ele teve a oportunidade quando seu dono o levou a Nova York com um carregamento de café.
Os documentos mostram que, depois de reconquistar sua liberdade nos Estados Unidos, Baquaqua ou uma temporada no Haiti, onde aprendeu a falar francês e o criolo haitiano. Ele também viveu no Canadá e chegou a estudar, entre 1850 e 1853, na Faculdade Central de Nova York.
Baquaqua, em 1854, publicou um relato autobiográfico sobre sua condição de escravo chamado “An Interesting Narrative. Biography of Mahommah G. Baquaqua” (Uma narrativa interessante. Biografia de Mahommah G. Baquaqua, na tradução do inglês).
Em 2018, a biografia de Mahommah Baquaqua foi apresentada como enredo no carnaval pelo G.R.E.S.V. Recanto do Beija-flor.
23/10/2019 @ 09:55
Essa foto é de um camarada chamado Nicholas Sa’id. a história dele é tão interessante qnt a de Baquaqua.
Baquaqua era malandro, fugia da escola, e o irmão mais velho dele era o professor.
A história de Sa’id é muito interessante. Ele publicou tb uma autobiografia. Inglês impecável. Era professor de inglês, apesar dessa ser a 6’ língua q aprendeu a escrever e falar perfeitamente (depois do kanuri, árabe, turco, russo e francês)
03/02/2020 @ 11:27
Fugir de escolas é muito comum na biografia de pessoas superbinteligentes. Não se adaptam aos métodos comuns e por isso furam o padrão.
23/02/2023 @ 10:56
Aprendi um pouco mais sobre o Processor Escravutura.
23/10/2019 @ 09:57
Mas ver o progresso de Baquaqua em sua escrita, depois de ar pelo NY Central College é muito interessante. Acredito que ele tenha escrito de próprio punho uma primeira versão de sua biografia.
21/02/2023 @ 19:17
É isso mesmo. A foto é de N. Said e de 1880. Para saber mais sobre ele: https://www.indyturk.com/node/425981/t%C3%BCrki%CC%87yeden-sesler/bir-k%C3%B6lenin-hartumdan-i%CC%87stanbula-petersburgdan-new-yorka-yolculu%C4%9Fu
26/12/2019 @ 14:47
[…] programa também teve o quadro ‘Você Conhece?’, que contou a história de Morromá Gardo Baquaqua. Bilíngue, ele foi escravizado no Brasil e, pelos maus-tratos que sofria, tentou até suicídio. […]
26/06/2020 @ 09:55
Gratidão
Álvaro De Souza
Terreiro contemporâneo
Cenotécnico
14/01/2020 @ 12:16
[…] Mahommah Gardo Baquaqua nasceu livre, no século XIX onde hoje fica o Benin, na África, e em 1845 chegou ao Brasil dentro de um navio negreiro. ou os dois anos seguintes trabalhando forçadamente em diversos estados brasileiros. O africano foi vítima do tráfico internacional de escravos em 1845, quando a prática já havia sido criminalizada no Brasil. Segundo os historiadores, sua condição de escravo no país nunca foi legal. A matéria é do Observatório do Terceiro Setor. Continue lendo… […]
05/02/2020 @ 08:18
Eu já escrevi alguém a pagou grande HOMEM como ele á poucos grandes cabeças merecia o prémio Nobel
06/07/2020 @ 19:19
O MUNDO TERIA AVANÇADO MUITO MAIS EM TODOS OS CAMPOS DO CONHECIMENTO HUMANO SE NÃO HOUVESSE A TRISTE MANCHA DA ESCRAVIDÃO, SE NÃO HOUVESSE A INJUSTA DESIGUALDADE SOCIAL. QUANTOS MAHOMMMMAH GARDO BAQUAQUA SUFOCADOS TERIAM CONTRIBUÍDO PARA UM MUNDO MAIS JUSTO!!!
19/02/2023 @ 04:59
Foi uma história muito triste e marcante para todo o mundo especificamente para o povo africanos e europeus.
19/02/2023 @ 14:39
O pior que aconteceu e acontece no mundo, não foi sem dúvida, a barbaridade das guerras inúteis que aconteceu, da primeira e segunda guerra mundial mas sim estupidez de criar um sistema económico fazendo trabalhar e brutalizar gratuitamente os negros em benefícios do progresso económico da raça branca, privando os negros da liberdade de pensar e agir livremente( a escravatura).
Mundo seria outra coisa diferente do que ele é hoje, se não houvesse a brutalidade ignóbil da raça branca sobre pacata raça Negra.
Mesmo com abuliçao da escravatura, a raça Negra é ainda hoje humilhada e violentada em todos vertentes, sem que alguém da raça branca consciente da gravidade da situação, pessoa corajoso, poderoso e humilde, tenha coragem de dizer meus carros irmãos basta, toda esta brutalidade?
Tenho medo de dizer que, talvez no mundo em que vivemos seria melhor, tendo uma só cor da pele. A presença da raça branca nesta planeta terra, é fatal a humanidade!
Hoje fala-se tanto do sofrimento dos judeus quand da segunda guerra mundial é verdade condensso e condeno mas em momento algum pode se comparar com o sofrimento do povo Negro neste mundo e os médias internacionais não são minimamente preocupados com isso, a exceção dos alguns dirigidos por pessoas corajosas, devo salientar!
Eu tenho esperança do que, um dia, o valor da intelectualidade Africana será reconhecido e o futuro melhor da humildade está nos dirigentes Africanos.
Bem haja a Deus.
20/02/2023 @ 04:30
As injustiças feitas com Mohammed acontecem até hoje no mundo, apenas de forma legal, para mais Mohammed ‘s e menos compradores de escravos. Fora Bolsonaroooo
20/02/2023 @ 15:07
A lei que proibiu o tráfico negreiro é de 1850…
21/02/2023 @ 03:18
A escravidaõ tirou no mundo qualquer ipotse de igualdade,basta ver nos contornos que se segue ainda hoje .naõ hà grandest esperanças