Atividade física e exercício físico, suas diferenças e importância

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Foto: sk via Unsplash

Por: Rafael Ferreira Alves

E você? Também acredita que atividade física e exercício físico são a mesma coisa? Vamos aos conceitos para entender o que significam esses dois termos, que até parecem ser sinônimos, e sua importância para nosso dia a dia, principalmente na terceira idade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atividade física é todo movimento produzido pelo corpo cotidianamente, como por exemplo: varrer a casa, lavar a roupa, correr para pegar o ônibus, subir escadas, pular, andar de bicicleta, jogar bola, entre muitos outros. Já o exercício físico é um subproduto da atividade física, tratando-se de uma prática planejada, que tem sequência, repetições, séries e tem como objetivo principal a melhora do condicionamento físico, da saúde física e mental.

Para grande parte dos indivíduos mais velhos (terceira idade), o trabalho e afazeres diários são encarados como substitutos dos exercícios físicos, o que não procede e a a impressão errada de que eles estão mantendo o padrão de saúde, quando na verdade podem ter um prejuízo permanente para a sua saúde e bem estar. Principalmente durante a pandemia, os idosos, considerados como o grupo de maior risco, foram praticamente impedidos de sair de suas casas, mudando radicalmente a rotina desse grupo.

Essa mudança trouxe consequências que ainda estamos avaliando, mas um ponto crítico está relacionado aos efeitos do envelhecimento, que teve seu processo acelerado pelo estresse gerado pela pandemia, trazendo mais sedentarismo, obesidade, depressão, aumentando muito o risco de morte desses indivíduos, assim como os riscos de perda de autonomia e independência física e mental.

No que diz respeito à importância de entender a diferença entre termos tão parecidos, podemos afirmar que a prática do exercício físico influencia diretamente a atividade física, pois com a melhora da força, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio, velocidade e habilidades cognitivas, através do exercício físico planejado, teremos a melhora da qualidade de vida para os praticantes desse hábito, principalmente na realização das atividades diárias, sejam elas quais forem.

De acordo com os trabalhos e pesquisas que realizo nos programas de exercícios físicos planejados (EFP) para idosos, informar sobre o processo, descrever o caminho a ser percorrido, assim como as dificuldades que cada fase do programa pode oferecer, é mais importante do que apenas mostrar os resultados alcançados, pois prepara o praticante mentalmente, evitando que ele desista do programa.

Informações sobre saúde devem fazer parte da aula prática. Observando a individualidade e idade desse grupo (terceira idade), os resultados de saúde devem ser ressaltados aos estéticos, a saúde deve começar de dentro para fora. Melhorar indicadores como a pressão sanguínea, glicemia, colesterol, entre outros, deve ser o foco do trabalho. Vale salientar que trata-se de um trabalho multidisciplinar, e fatores como alimentação, sono, saúde mental, entre outros devem ser considerados e tratados com a devida atenção.

Obrigado e até a próxima!

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Rafael Ferreira Alves é bacharel em Educação Física formado pela UNIP, criador do método RFA Life – Programa Idoso Ativo e tem cursos de especialização nas áreas de treinamento funcional, treinamento funcional e hipertrofia na água, natação para recém-nascidos, atendimento especializado a indivíduos PcD (Pessoas com Deficiência) e idosos.


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