Amazônia registra 85 mil focos de queimadas somente em 2022

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A situação das queimadas na Amazônia é a pior desde 2010; Pará lidera registros de focos, com mais de 27 mil em 2022

queimadas
Foto: Adriano Gambarini | WWF-Brasil

Por Ana Clara Godoi

A Amazônia contabilizou 85.150 focos de queimadas entre janeiro e setembro de 2022, de acordo com dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número é o maior registrado desde 2010, quando houve mais de 96 mil focos no mesmo período.

Também houve um aumento de 55% em comparação ao ano ado, quando foram registrados 55.048 focos de queimadas. Somente no mês de setembro, foram mais de 39 mil focos de queimadas, o que representa um aumento de 150% comparado ao mês de setembro de 2021.

“Os dados são alarmantes e apontam para uma destruição sem precedentes que impacta não apenas na vida dos povos locais, mas afeta também a economia e a segurança hídrica de outras regiões, visto que o que acontece na Amazônia impacta os demais biomas. Ainda é tempo de entender que a floresta vale mais em pé, que não há necessidade de queimadas e desmatamento, pois já temos muitas áreas abertas improdutivas”, destaca Edegar de Oliveira, diretor de Restauração e Conservação do WWF-Brasil.

O maior número de focos de queimadas deste ano foi registrado nos estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas, Acre e Rondônia. Entre eles, o estado do Pará é o que mais sofreu destruição do bioma nos últimos meses, contabilizando 27.249 focos. Além disso, três dos cinco municípios que mais acumulam focos no país são paraenses. Em segundo lugar vem o Amazonas, com aumento de 202%, registrando 8.082 focos somente no mês de setembro.

O WWF-Brasil é uma ONG que atua ao lado da sociedade civil, governo e empresas em prol do combate a degradação do meio ambiente e defesa da natureza.