Brasil em chamas: incêndios atingem Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica

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Incêndios devastadores estão sendo registrados na Amazônia, no Pantanal, na Mata Atlântica e no Cerrado, destruindo grandes áreas e matando animais

O Brasil está em chamas. As principais florestas brasileiras estão sofrendo com incêndios devastadores.

Na Amazônia, somente nos primeiros 14 dias do mês de setembro deste ano, houve mais queimadas do que ao longo de todo o mês de setembro no ano ado.

Até a última terça-feira (15/09), 20.485 focos de calor foram registrados na Amazônia pelo programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em todo o mês de setembro do ano ado, foram 19.925 focos.

O Pantanal também tem enfrentado incêndios de grandes proporções. O sofrimento dos animais do Pantanal com as queimadas que já devastaram 15% de todo o território é assunto nos principais jornais do país e do mundo todo. Até pontos turísticos foram destruídos pelo fogo, que consome cada vez mais o bioma.

Para a Mata Atlântica e o Cerrado, 2020 também está sendo um ano devastador. O estado de São Paulo teve 109% mais focos de incêndio florestal neste ano do que no ano ado, segundo o Inpe. Desde o começo do ano, os satélites do instituto registraram 4.214 focos em todo o estado, contra 2.015 no mesmo período de 2019 (de 1º de janeiro a 13 de setembro).

As queimadas provocaram o aumento no número de animais resgatados pela Polícia Ambiental e pelo Corpo de Bombeiros em cidades do interior.

Os focos de incêndios em SP atingem de maneira similar a Mata Atlântica e o Cerrado. De acordo com os dados do Inpe, 52% dos focos deste ano ocorreram em áreas de Mata Atlântica e 48% em áreas de cerrado.

As queimadas no interior do país já afetam a qualidade do ar na cidade de São Paulo, segundo monitoramento feito pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

No noroeste paulista, região fortemente afetada pelo fogo neste ano, 1.854 animais silvestres foram resgatados de março a julho de 2020. O número corresponde a 53% do total de capturas realizadas em todo o estado, segundo informações da Polícia Ambiental e do Corpo de Bombeiros.

Fontes: G1 e Folha de São Paulo