Primeira deputada negra do país lutava por direitos de mulheres e pobres
Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis (SC), no dia 11 de julho de 1901, e foi uma jornalista, professora e política brasileira.
Inspiração para o movimento negro, foi apagada dos livros de História, tendo sido uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e do reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do país.
Foi pioneira no combate à discriminação dos negros e das mulheres. Era filha de uma ex-escrava, que trabalhava na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado e chegou a assumir por dois meses a Presidência da República.
Eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país.
Atuou como professora, jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.
Em 1922, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964. Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado.
Ela também fundou e dirigiu o jornal ‘A Semana’, entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos abusos políticos, da condição feminina e do preconceito.
Dirigiu também a revista quinzenal ‘Vida Ilhoa’, em 1930, e escreveu artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu em 1937 o livro ‘Farrapos de Ideias’.
Antonieta faleceu em 28 de março de 1952, aos 50 anos de idade e está sepultada no Cemitério São Francisco de Assis, em Florianópolis. Mesmo esquecida nos livros de História do país, a luta de Antonieta pelos direitos das mulheres, negros e pobres foi de extrema importância.
02/05/2019 @ 10:09
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