Brasil ODS recebe especialistas em conversa sobre tumor cerebral

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“É angustiante, mas não sabemos por que os tumores cerebrais surgem, então não é possível falar de uma população ou hábito de riscos que aumentam as chances”, disse o oncologista Thiago Jorge

Imagem: Freepik

O programa Brasil ODS veiculado no 24 de abril falou sobre tumor cerebral, quando células anormais se propagam de forma descontrolada no órgão. O glioblastoma (GBM), um dos tipos mais agressivos de câncer no cérebro, ainda representa um grande desafio para a medicina moderna, devido à sua dificuldade de tratamento e alta taxa de letalidade.

Para falar sobre este tema, os apresentadores Joel Scala e Gabriela Chabbouh receberam Thiago Jorge, oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Diretor Médico da WeCancer. Ao comentar sobre o aumento recente nos casos de glioblastoma, Jorge afirmou que pode estar associado, por exemplo, ao crescimento nos diagnósticos, mas destacou que as causas ainda não são evidentes.

Segundo o doutor, existem dois fatores que aumentam as chances de um indivíduo ter um tumor cerebral. O primeiro deles é a exposição à radiação em altas doses e o segundo o fator hereditário. No entanto, Jorge alertou que apenas 2%, aproximadamente, dos tumores cerebrais são hereditários.

“É angustiante, mas não sabemos por que os tumores cerebrais surgem, então não é possível falar de uma população ou hábito de riscos que aumentam as chances”, comentou Jorge, concluindo que essa situação dificulta o entendimento das formas de prevenção contra a enfermidade.

Essa edição do Brasil ODS também recebeu Marilene Hohmuth Lopes, professora associada do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo-USP. 

Com experiência na área de neurociência, com ênfase na biologia de tumores cerebrais, Marilene lembrou que, no contexto geral, os distúrbios e doenças cerebrais são de difícil tratamento. Além disso, ela disse considerar o cérebro o “objeto mais complexo do universo”.

“Temos 100 bi de neurônios, e cada um deles faz mais de 10 mil conexões”, comentou Marilene. Essa complexidade e o fato dos casos de tumores cerebrais serem diferentes uns dos outros, dificultam muito o tratamento, segundo ela.

Clique aqui para ouvir o programa completo!

Além dos convidados, o Brasil ODS recebeu os colunistas Paulo Almeida e Nina Orlow, ambos especialistas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Este programa colabora com o ODS 3 (Saúde e bem-estar), cujo foco é garantir o o à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

O Brasil ODS é uma produção do Observatório do Terceiro Setor (OTS) que conta com o apoio da Fapesp — Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Ele vai ao ar às quintas-feiras no portal do OTS.


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