Sabia que a preservação ambiental pode começar na sua cozinha? 6 dicas de gastronomia sustentável

Por Lúccio Oliveira
As cozinhas de nossas casas são verdadeiros templos. É lá que nós nos nutrimos, criamos gostosuras e podemos nos conectar com as nossas famílias. Mas para além do valor afetivo da cozinha, sabia que neste espaço, nós também podemos ajudar na preservação do meio ambiente e contribuir para a garantir de um futuro melhor para as próximas gerações. Sabia? Vou te contar como!
O Desenvolvimento Sustentável é definido como “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”, ou seja, usar no hoje sem deixar de garantir o amanhã.
As consequências do aquecimento global e mudanças climáticas cada vez nos atingem mais fortemente. Somos bombardeados quase que diariamente por notícias de desastres ambientais e extremos climáticos.
Mas não são somente as grandes ações, como a conservação da Amazônia por exemplo, que serão definitivas para a preservação ambiental. No dia a dia, dentro de casa a gastronomia sustentável também pode ajudar.
O conceito de gastronomia sustentável é relativamente novo, mas ganha cada vez mais força pela sua potência transformadora. Essas práticas abrangem grandes redes de restaurantes, mas também a preparação de nossa refeição de cada dia. Com isso, segue algumas dicas para praticar a gastronomia sustentável na sua casa:
1. Faça compra conscientes e evite o desperdício.
Para evitar o consumo de produto em excesso e evitar que os mesmos sejam descartados por perda de validade, é interessante já prever qual a quantidade ideal para sua casa.
2. Evite o consumo de espécies em risco
Um dos primeiros pilares mais importantes da gastronomia sustentável é entender que os recursos são finitos. Ou seja, é fundamental evitar o consumo de carnes de animais em extinção ou de espécies vegetais que estão em risco de extinção. Sobretudo em certas modalidades de turismo, é comum que haja a oferta de carnes raras, que além de caras, agridem a biodiversidade.
3. Respeite a sazonalidade e prefira ingredientes locais
Você sabia que alguns tipos de maçã e morango são importadas e am por um longo caminho até chegar ao Brasil? Esse transporte aumenta a pegada de carbono, que contribui para o Efeito Estufa. Por isso é interessante aprender mais sobre as frutas e verduras locais e que estão em abundância na época, para preferir seu consumo dentro da sazonalidade.
4. Prefira os alimentos orgânicos de produtores locais
A produção agropecuária merece nossa atenção já que a agricultura e pecuária são um dos maiores responsáveis pelo desmatamento e emissão de GEE (CO2) no Brasil e o uso de defensivos agrícolas e agrotóxicos são prejudiciais para o equilíbrio ambiental.
Consumir alimentos em feiras orgânicas é uma prática que faz bem para a saúde para o social. Assim você evita a disseminação do uso de agrotóxicos, contribui com a economia local e diminui a emissão de gases nocivos.
5. Teste mais receitas com proteína vegetal
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) afirmou que até 20% das emissões de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera vêm da produção de alimentos de origem animal. Por isso, para uma alimentação que olha para o futuro do meio ambiente, é interessante aprender a consumir mais proteína vegetal.
Ainda existe muito preconceito com receitas sem alimentos de origem animal, pela crença de que são caros ou carentes de nutrientes, mas um arroz com feijão, brócolis e grão de bico, por exemplo, é um prato econômico e nutritivo.
6. Use o alimento integralmente e separe o lixo de maneira adequada.
É comum que talos e cascas sejam descartados, porém, utilizá-las é uma forma de consumir mais nutrientes (elas são ótimas fontes de fibras), e gerar menos lixo.
Por fim, separar o lixo comum do lixo orgânico é uma prática simples, que também contribui para o meio ambiente.
Viu como é algo simples? A gastronomia sustentável faz bem para a saúde e para o meio ambiente.
*
*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.