Mobilidade Social será causa prioritária da Fundação Grupo Volkswagen
ONGs em AçãoA Fundação Grupo Volkswagen (FGVW) anuncia a Mobilidade Social como sua causa prioritária; a decisão foi fruto de um extenso planejamento estratégico e diagnóstico socioterritorial empreendido ao longo do último ano. O novo posicionamento, planejado até 2030, está alinhado com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), proporcionando à Fundação um prazo realista para gerar impacto e deixar legados duradouros.

A Fundação Grupo Volkswagen (FGVW) anuncia a Mobilidade Social como sua causa prioritária. A decisão foi fruto de um extenso planejamento estratégico e diagnóstico socioterritorial empreendido ao longo do último ano, marca um novo capítulo na trajetória da instituição, que há 45 anos contribui para o desenvolvimento social do país.
O anúncio foi feito na última segunda-feira (01/07) durante o evento de comemoração dos 45 anos da Fundação Grupo Volkswagen, realizado no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS) em São Paulo (SP). O encontro reuniu convidados que participaram de uma aula magna, mesas redondas e um bate-papo sobre temas como mobilidade social, investimento social privado, inclusão produtiva de grupos minorizados, diversidade e combate às desigualdades sociais.
Focada na redução da desigualdade social, Mobilidade Social é o processo em que indivíduos ou grupos transitam entre diferentes posições socioeconômicas, podendo subir na escala social. Esse novo posicionamento, planejado até 2030, está alinhado com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), proporcionando à Fundação um prazo realista para gerar impacto e deixar legados duradouros.
“Sob o propósito ‘Juntos pela mobilidade social’, essa nova fase redefine territórios prioritários de atuação, público-alvo e portfólio de programas e projetos, visando à ampliação do nosso impacto e legado. Nos últimos 10 anos, a Fundação já investiu mais de R$ 100 milhões em iniciativas socioeducacionais no Brasil e, para 2024, estamos aplicando mais de R$ 16 milhões em recursos próprios nas comunidades em que estamos presentes”, afirma Douglas Pereira, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Grupo Volkswagen e Vice-Presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
Combatendo a desigualdade social
A Fundação Grupo Volkswagen escolheu essa causa única como resposta ao desafiador cenário brasileiro relacionado a este tema. Isso porque, a desigualdade social e a concentração de renda dificultam a ascensão social da maioria dos brasileiros. O o desigual à educação de qualidade e as barreiras no mercado de trabalho são obstáculos importantes. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o 1% mais rico da população brasileira concentra quase um terço da renda nacional. Um estudo do Laboratório das Desigualdades Mundiais da Escola de Economia de Paris, publicado em 2021, revela que a metade mais pobre do Brasil possui menos de 1% da riqueza total, enquanto os 10% mais ricos detêm cerca de 80% do patrimônio privado. Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que a mobilidade social no Brasil é uma das mais restritas do mundo, exigindo nove gerações para que os mais pobres alcancem a classe média.
“A concentração de renda e a falta de oportunidades impedem que milhões de brasileiros alcancem todo o seu potencial. Acreditamos que a inclusão produtiva, por meio do empreendedorismo e da empregabilidade, aliada ao fortalecimento das capacidades locais e à assistência social, é o caminho mais efetivo para promover a justiça social e a igualdade de oportunidades no país”, comenta Vitor Hugo Neia, Diretor-Superintendente e de Relações Institucionais da Fundação Grupo Volkswagen. Portfólio de programas e projetos.
Neste cenário de reposicionamento estratégico, a instituição redefiniu seu portfólio de programas e projetos em um processo que concentrou seus esforços em iniciativas que promovem a inclusão produtiva, com foco na geração de renda; o fortalecimento das capacidades locais para o desenvolvimento comunitário; e a assistência social para o o a direitos, uma conjunção visando a redução das desigualdades sociais. Projetos como “Costurando o Futuro”, “Carretas do Conhecimento” e “CO.DE School”, focados na inclusão produtiva, foram mantidos e estão sendo reformulados. Editais e ações de voluntariado também estão sendo atualizados para se adequarem às realidades locais. Além disso, novos programas estão sendo planejados, incluindo iniciativas para fortalecer Conselhos Municipais, como o Conselho da Criança e do Idoso, e outras ações voltadas à inclusão produtiva e ao fortalecimento de organizações sociais comunitárias. A estratégia para as comunidades definidas será desenvolvida até 2030, com a implantação dos projetos acontecendo em fases.
Atuação concentrada, impacto amplificado
Para maximizar o impacto de suas ações, a Fundação definiu três territórios prioritários com base em critérios de vulnerabilidade social: São Bernardo do Campo (região do Montanhão), Jabaquara (Favela Alba) em São Paulo, e Resende (região das Barras). Em São Bernardo, a área do pós-Balsa, que inclui propriedades rurais, comunidades de pescadores e indígenas, também receberá atenção especial. Nessas localidades, serão feitos investimentos significativos e implementados projetos de longo prazo focados em inclusão produtiva, promovendo empregabilidade, empreendedorismo, fortalecimento das capacidades locais e assistência social. Paralelamente, a Fundação continuará suas atividades em outras regiões onde o Grupo Volkswagen possui fábricas ou unidades de negócio no Brasil: Salvador (BA), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (PR), Taubaté (SP) e Vinhedo (SP), com iniciativas de mobilização e apoio social, incluindo campanhas de voluntariado, doações e financiamento a projetos comunitários. Já em relação ao público-alvo, a instituição definiu como prioridade mulheres de todas as idades e jovens negros de 16 a 24 anos. A escolha baseia-se nas demandas e características dos territórios de atuação e em estudos que indicam um impacto mais significativo na mobilidade social quando se foca nesses grupos. Em seguida, serão priorizados outros públicos minorizados, como a comunidade LGBTI+, homens negros de outras faixas etárias, comunidades indígenas e pessoas com deficiência. Por fim, será considerada a renda, com foco em famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. “Assim, diversidade, equidade e inclusão se tornam critérios essenciais para a atuação da Fundação Grupo Volkswagen”, finaliza Vitor Neia.
Sobre a Fundação Grupo Volkswagen
Desde 1979, a Fundação Grupo Volkswagen realiza e apoia ações sociais e educacionais com recursos de um fundo constituído pela Volkswagen. Ao longo destes 45 anos, mais de 3 milhões de brasileiras e brasileiros foram beneficiados pelo trabalho da Fundação, que tem como missão estimular a mobilidade social por meio do investimento em iniciativas e organizações que desenvolvem comunidades e fortalecem o protagonismo dos cidadãos. A Fundação atua para incentivar a prosperidade socioeconômica e o desenvolvimento de indivíduos e comunidades, fortalecendo suas potencialidades e colaborando para o o equitativo a direitos e oportunidades. Para isso, prioriza os territórios mais vulneráveis nos municípios com unidades de negócio do Grupo Volkswagen no País. Além disso, apoia tecnicamente ações de responsabilidade social de empresas do Grupo Volkswagen no Brasil. Desta forma, a Fundação espera contribuir para reduzir a pobreza e diminuir as acentuadas desigualdades sociais brasileiras, por meio da inclusão produtiva e de estratégias complementares de fortalecimento das capacidades locais e assistência social. Para saber mais sobre o seu trabalho clique aqui!