Bebê yanomami não resisti e morre de desnutrição e desidratação

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Crianças yanomamis desnutridas | Foto:Condisi-YY/Divulgação

Um bebê Yanomami, de apenas 1 ano e 5 meses, com quadro grave de desnutrição, desidratação e problemas respiratórios, não resistiu e morreu no último domingo (05/02) em Surucucu, região de referência dentro do território para onde são levados os indígenas doentes em meio à crise humanitária.

Ele era da comunidade de Pahayd, região do Haxiu, e havia sido resgatado no dia anterior (04/01). O menino foi levado ao posto de Surucucu, onde foi estabilizado durante a noite toda. Nesta manhã, não foi possível transferi-lo a Boa Vista devido ao mau tempo na região. O menino morreu por volta de 12h30.

Surucucu é considerada uma região de referência para atendimentos de saúde na Terra Yanomami. Lá, há uma unidade básica de saúde com estrutura precária – a enfermaria, onde são internados os indígenas; neste local, que se resume a um barracão de madeira de chão batido, os profissionais atuam para atender e salvar a vida de crianças e adultos com doenças causadas pelo garimpo ilegal.

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami enfrenta uma das piores crises sanitárias da história em três décadas de demarcação. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.

Organizações do terceiro setor tem mobilizado campanhas de apoio e doação de alimentos;  iniciativas contribuem para a garantia da segurança alimentar e estão diretamente alinhadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 da Agenda 2030 da ONU, uma meta que promove o combate à fome.

Fonte: g1


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