Dia Nacional da Economia Solidária: justiça e consumo consciente
VoluntariadoData é comemorada em 15 de dezembro; conheça 3 organizações que adotam práticas da economia solidária no Brasil

Por Julia Bonin
No dia 15 de dezembro é comemorado o Dia Nacional da Economia Solidária. A data busca incentivar o trabalho associado e voluntário a partir do desenvolvimento sustentável, respeito à vida e justiça social. Na prática, a economia solidária é um modo diferente de pensar a produção e o consumo de bens, tendo como objetivo principal o atendimento das necessidades humanas, e não o lucro, como acontece no capitalismo.
O conceito nasceu na Inglaterra, no século XIX, como instrumento de combate à pobreza e à desigualdade por parte da população socialmente excluída, que vinha sofrendo com impactos do capitalismo industrial. Para aquecer o mercado local, em desvantagem devido à competitividade dos grandes centros, eram usadas moedas sociais, forma alternativa e complementar à moeda do país.
Muito implementada em empresas e organizações, a economia solidária é uma forma alternativa de realizar atividades econômicas no mundo. Entre seus valores estão a sustentabilidade ambiental, adesão voluntária de associados, compromisso com o desenvolvimento da comunidade, participação democrática nas decisões e promoção do desenvolvimento humano.
No Brasil, a organização Asplande tem como compromisso contribuir com a construção de um país mais justo por meio da universalização dos direitos humanos e a inclusão socioeconômica. A instituição trabalha com mulheres empreendedoras moradoras de favelas e periferias da região metropolitana do Rio de Janeiro, aplicando um modelo de trabalho baseado nos princípios solidários.
O Coletivo DedoVerde – Negócio de Impacto Ambiental, Educativo e Social tem foco na sustentabilidade ambiental e promove ações ecológicas que buscam transformar a periferia por meio da economia solidária, tendo valores como a coletividade, companheirismo e economia criativa.
Já em Salvador, a SER busca desenvolver comunidades de menor renda, em zonas urbanas ou rurais, a partir de pilares da economia solidária. A organização acredita na microeconomia como propulsora do desenvolvimento local e promove a formação e engajamento de empreendedores e lideranças em comunidades locais.
Essas iniciativas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 9, 10 e 12, que dizem respeito à inovação e infraestrutura, redução das desigualdades, consumo e produção responsáveis, respectivamente. Os ODS são um conjunto de metas estabelecidas pela Agenda 2030 da ONU e buscam um mundo mais igualitário e sustentável.