Perigo: Brasil registra 951 mortes por dengue em 2022
De acordo com último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o país registra 951 óbitos confirmados pela doença e outros 114 em investigação.

O número de mortes por dengue voltou a subir no Brasil. De acordo com último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o país registra 951 óbitos confirmados pela doença e outros 114 em investigação. Com isso, deve ultraar o recorde de 986 mortes, de 2015.
As 951 mortes somadas até 5 de novembro já superam o total dos dois anos anteriores: em 2021, foram 244 óbitos, enquanto em 2020, 574. Em relação ao ano ado, a alta de vítimas é de quase 290%.
“Temos a tendência real de chegarmos perto de mil mortes neste ano, atingindo um recorde com essa doença que desafia a sociedade como um todo”, alerta Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Os estados que apresentaram o maior número de óbitos foram São Paulo, com 274 casos; Goiás, com 142; Paraná, com 107; Santa Catarina, com 88, e Rio Grande do Sul, com 66 mortes.
Em relação ao número de casos também até o início de novembro, o país registra um crescimento de 180% na comparação com o mesmo período de 2021, com 1,3 milhões de pacientes prováveis com dengue.
A região Centro-Oeste lidera a taxa de incidência da doença, com 1,9 mil casos para cada 100 mil habitantes, seguida das regiões Sul e Sudeste, com 1.036,2 e 502,8 casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O vice-presidente da SBI alerta que as mortes evidenciam a falta de educação médica continuada. “A dengue é uma doença que, se atendida na fase precoce e de forma correta, o óbito é bastante raro”, afirma Naime.
O mosquito da dengue deposita seus ovos em recipientes com água parada, por isso é muito importante evitar água em vasos de plantas, pneus ou qualquer recipiente que possa servir de depósito de ovos para o mosquito. Febre, dores no corpo e manchas avermelhadas na pele são alguns sintomas da doença. Caso tenha algum sintoma procure imediatamente ajuda médica.
Fonte: CNN Brasil