Saúde de migrantes e refugiados é pior do que de locais, diz OMS

Compartilhar

Em seu primeiro relatório sobre saúde de migrantes e refugiados, OMS conclui que países estão falhando em assegurar bem-estar dessa população

Saúde de migrantes e refugiados é pior do que de locais, diz OMS
Foto: Adobe Stock | Licenciado

Por Juliana Lima

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de lançar seu primeiro relatório sobre a saúde de migrantes e refugiados no mundo, após uma análise que contou com mais de 17 milhões de participantes de 16 países em cinco regiões do globo. A conclusão é que a saúde dessas pessoas é pior do que a de população dos países que as acolhem, especialmente quando as condições de vida e de trabalho são precárias.

Segundo o estudo, trabalhadores migrantes têm menos propensão a usar os serviços de saúde e correm maior risco de sofrer acidentes ocupacionais, lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho, quando comparados aos não migrantes. A organização estima ainda que existam ao menos 169 milhões de empregados migrantes ao redor do mundo trabalhando em jornadas insalubres, perigosas e exigentes.

“Seja por escolha ou por força, estar em movimento é parte do ser humano e faz parte da vida humana. Qualquer que seja a motivação, circunstância, origem ou status migratório de uma pessoa, devemos reiterar inequivocamente que a saúde é um direito humano para todos e que a cobertura universal de saúde deve incluir refugiados e migrantes”, comentou Tedros Adhanom Ghebreyesu, diretor-geral da OMS.

No documento, a OMS lembra que a pandemia de Covid-19 afetou e continua a afetar desproporcionalmente a saúde e os meios de subsistência de migrantes e refugiados, que somam cerca de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo. Também é apontada a fragilidade dos dados mundiais sobre a situação dessas pessoas. De acordo com a organização, as variáveis de status de migração estão frequentemente ausentes nas estatísticas gerais de saúde, e as informações existentes são fragmentadas e não comparáveis entre países e ao longo do tempo.

Em vista da urgência do tema, a OMS pede, em seu relatório, que os países coloquem em prática ações que garantam que migrantes e refugiados de todo o mundo possam ar serviços de saúde que sejam sensíveis às suas necessidades.

Fonte: ONU News


Compartilhar