Violência e discurso de ódio
A legislação brasileira define o discurso de ódio como a manifestação de ideias que incentivam a discriminação racial, social ou religiosa. Quando inflado, principalmente na esfera política, o discurso de ódio pode se tornar violência. Somente no primeiro semestre de 2022, foram registrados 214 casos de violência política no país, o que representa um crescimento de 78% em comparação com o mesmo período de 2019.
Na última semana, em Foz do Iguaçu (PR), um guarda municipal foi assassinado em sua festa de aniversário, que estava decorada com símbolos do Partido dos Trabalhadores (PT). O assassino era um policial penal que se identificava como “bolsonarista”. Mesmo assim, a Polícia Civil concluiu que o crime não teve motivação política porque não foi planejado com o intuito de ferir os direitos políticos da vítima.
Para refletir sobre violência e discurso de ódio, recebemos, no programa Perspectiva desta terça-feira (19/07), Paulo Niccoli Ramirez, doutor em Ciências Sociais e mestre em Sociologia, professor da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (FEPESP) da ESPM, da Casa do Saber e do Colégio São Luís, e autor dos livros “Sérgio Buarque de Holanda e a dialética da cordialidade” e “Ética, Cidadania e Sustentabilidade“; e Laurindo Leal Filho (Lalo Leal), jornalista, sociólogo e professor aposentado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa.
O Perspectiva é um programa do Observatório do Terceiro Setor transmitido todas as terças-feiras, às 9h, pela Rádio Brasil Atual.
A rádio pode ser sintonizada na frequência FM na Grande São Paulo (98,9), no litoral paulista (93,3) e no noroeste paulista (102,7). Também é possível ouvi-la de qualquer lugar, por meio do site radios.com.br/play/24568.
A apresentação foi dos jornalistas Joel Scala e Franklin Valverde.
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