Fome cresce 30% em um ano na América Latina e Caribe, diz ONU
Novo relatório da ONU aponta que número de pessoas ando fome aumentou 30% em um ano na América Latina e no Caribe. São 59,7 milhões de pessoas com fome na região, o maior número desde 2000

Por: Juliana Lima
Segundo um novo relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fome cresceu em 30% em um ano na América Latina e Caribe, atingindo em 2020 a taxa mais alta desde 2000. Atualmente, 59,7 milhões de pessoas am fome na região.
Para Julio Berdegué, representante regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a América Latina e Caribe enfrentam uma situação crítica de segurança alimentar. Segundo aponta, nos últimos seis anos, houve um aumento de quase 79% no número de pessoas que vivem com fome.
Além disso, segundo o relatório, a insegurança alimentar afetou 41% da população na região em 2020, o que representa 60 milhões de pessoas a mais na situação em comparação com 2019. O aumento total é de 9%, o maior em relação a outras regiões do mundo. Apenas na América do Sul, o número subiu 20,5% nos últimos seis anos.
O relatório traz também dados sobre como a insegurança alimentar afeta diferentemente homens e mulheres. Em 2020, 41,8% das mulheres na região enfrentaram o problema, em comparação com 32,2% dos homens. A diferença de gênero tem crescido nos últimos seis anos, subindo drasticamente de 6,4% em 2019 para 9,6% em 2020.
Outro problema de segurança alimentar diz respeito ao sobrepeso e obesidade, que podem apontar casos de desnutrição. Atualmente, um em cada quatro adultos sofre de obesidade na América Latina e Caribe. Já entre as crianças, o sobrepeso atinge 3,9 milhões, sendo que 7,5% possuem menos de cinco anos.
O problema do sobrepeso e obesidade infantil é maior nos países da América do Sul, onde 8,2% dos menores têm excesso de peso.
Apesar de não estar livre da fome e da insegurança alimentar, o Brasil possui hoje uma das percentagens mais baixas de desnutrição no continente, sendo inferior a 2,5%, empatando com países como Cuba e Uruguai. Segundo as Nações Unidas, o Haiti é o país com a maior taxa, superando 48%. Logo depois, vem a Venezuela, com 27%, e a Nicarágua, com mais de 19%.
Fonte: ONU News
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