60 anos do Golpe: ato faz homenagem às vítimas da ditadura

Direitos Humanos
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Realizada pelo Movimento Vozes do Silêncio, Instituto Vladimir Herzog, Núcleo de Preservação da Memória Política e a OAB-SP, a Caminhada do Silêncio marca 60 anos do golpe de 1964. Em sua 4ª edição, ato fez homenagem às vítimas da ditadura e reafirmou o compromisso com a democracia.

ditadura militar
Foto: Divulgação/ Núcleo de Preservação da Memória Política.

Por Redação

Em 2024, completam-se seis décadas desde o golpe militar que instaurou no Brasil um período sombrio de ditadura, marcado por supressão de direitos civis e violações dos direitos humanos. Durante os anos de regime autoritário, o país testemunhou uma série de abusos perpetrados pelo Estado, incluindo prisões arbitrárias, torturas e execuções de opositores políticos.

No dia 31 de março, data que marca os 60 anos do golpe civil-militar, São Paulo foi o palco da quarta edição da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado, organizada pelo Movimento Vozes do Silêncio, representado pelo Instituto Vladimir Herzog,o Núcleo de Preservação da Memória Política e a OAB-SP . O ato, que tem como lema “Para que não se esqueça, para que não continue acontecendo“, reúne pessoas memória e resistência, marcando o repúdio aos horrores do ado e a defesa dos valores democráticos.

A importância da Caminhada do Silêncio reside na preservação da memória das vítimas da ditadura e também na sua relevância para a conscientização e mobilização da sociedade civil. O evento faz parte do calendário oficial da cidade de São Paulo desde o ano ado, quando foi aprovado o Projeto de Lei nº 414/22.

Atuação do terceiro setor

A Anistia Internacional, organização que foi pioneira na década de 1970 ao denunciar as prisões ilegais sob o regime ditatorial brasileiro, documentando a situação de 119 presos políticos e mobilizando apoio internacional – relançou em 2024 seu relatório global sobre tortura e violações de direitos humanos, enviado às autoridades brasileiras e internacionais na época.

Como forma de cobrar justiça, a Anistia rememora relatório global sobre casos de tortura e violações de direitos humanos durante a ditadura. O documento traz nomes de 1.081 vítimas de tortura e de 472 responsáveis pelos crimes.

Ao promover a memória das vítimas da violência do Estado, as iniciativas do terceiro setor contribuem para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente a meta de número 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes.


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