3° edição do programa Ubuntu fortalecerá 120 lideranças negras e indígenas no setor público

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Com o objetivo de promover a equidade racial e desenvolver lideranças, o Programa Ubuntu: Fortalecendo Lideranças Negras no Setor Público, criado pela ONG Motriz, entra em sua terceira edição. Com duração de seis meses, o programa aborda temas como liderança, equidade étnico-racial e gestão de pessoas; o objetivo é promover novas perspectivas e oportunidades para lideranças negras e indígenas no setor público.

Imagem: Adobe Stock

Com o objetivo de promover a equidade racial e desenvolver lideranças, o Programa Ubuntu: Fortalecendo Lideranças Negras no Setor Público, criado pela Motriz, organização sem fins lucrativos, entra em sua terceira edição. Com duração de seis meses, o programa aborda temas como liderança, equidade étnico-racial e gestão de pessoas. O programa tem como objetivo promover novas perspectivas e oportunidades para lideranças negras no setor público.

Com uma metodologia imersiva, os participantes serão encorajados a desenvolver e implementar práticas que atendam às necessidades de grupos sociais mais vulneráveis, reduzam desigualdades sociais e estruturem medidas de políticas antirracistas. Criado em 2022, o Programa Ubuntu já conta com um histórico positivo. Sua primeira turma contou com 50 profissionais negros de todas as regiões do Brasil, atuando em diversos setores dos governos estaduais, municipais e Federal.

O Programa Ubuntu é mais do que uma iniciativa, é um movimento impactante que potencializa líderes para transformar a realidade do setor público. Diante do contexto social e dos desafios enfrentados por grupos minoritários no Brasil, seu objetivo é empoderar lideranças para que possam desenvolver ações pela igualdade racial, explica a gerente da Transversal de Impacto da Motriz, Giszele Silva. Em 2024, o programa também incentiva a participação de líderes indígenas e quilombolas e espera atingir o maior número de participantes até então, com a formação de 120 lideranças públicas comprometidas com a promoção da equidade racial e a transformação social, promovendo em rede a troca de conhecimentos e a co-construção de soluções comuns.

Os participantes da 3ª edição do Ubuntu serão selecionados por meio de um processo seletivo junto a gestores públicos de estados parceiros da Motriz na frente de desenvolvimento de lideranças públicas: Alagoas (AL), Amazonas (AM), Ceará (CE), Espírito Santo (ES), Maranhão (MA), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Minas Gerais (MG), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Sergipe (SE) e Rio Grande do Sul (RS). Para ser candidato ao programa, alguns pré-requisitos são: ser maior de 18 anos, ser brasileiro(a) ou ter sido naturalizado(a), se autodeclarar indígena ou negro(a), de cor preta ou parda, ter ensino superior ou tecnólogo completo, possuir vínculo profissional com secretárias de Gestão e Planejamento, istração, Fazenda, Finanças, Educação ou Saúde.

Os selecionados terão o a um currículo com metodologia que inclui: Liderança: Autoconhecimento, desenvolvimento de competências socioemocionais, liderança adaptativa, diálogo, comunicação e mediação de conflitos; Gestão de Pessoas: Gestão do desempenho e desenvolvimento, gestão de projetos, gestão de tempo e planejamento; Diversidade, Equidade e Inclusão: Burocracia representativa, políticas públicas de promoção da igualdade racial, dimensões do racismo e representatividade.

Com duração entre outubro de 2024 até abril de 2025, a programação conta com videoaulas, tutoria, leituras, fóruns, pesquisas, quizzes, avaliações e imersões presenciais.

No total, serão 100 horas de dedicação por parte dos participantes, divididas entre aulas assíncronas e sessões síncronas, além de trocas com ex-participantes e especialistas em gestão pública. “O Ubuntu foi um divisor de águas na minha formação, tanto pessoal quanto profissional. O que eu pensava e acreditava após o Ubuntu ganhou um significado muito maior na minha vida. Essa formação me ajudou a transformar o meu ambiente de trabalho em um espaço verdadeiramente antirracista”, declara a aluna do Programa Ubuntu, Sara Santana.

“Para que exista uma gestão pública mais efetiva e representativa, é essencial investir em equidade racial. O Ubuntu é uma ferramenta poderosa que permite que as secretarias e governos tenham representantes preparados para desenvolver medidas concretas que combatam a discriminação”, finaliza a gerente da Transversal de Impacto da Motriz, Giszele Silva.

Motriz

A Motriz é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão fortalecer governos locais para que entreguem serviços de qualidade a todas as pessoas no Brasil, com um olhar transversal para equidade étnico-racial, equidade de gênero e sustentabilidade socioambiental. Com soluções inovadoras e mão na massa voltadas para a melhoria da educação pública e o desenvolvimento de lideranças públicas, a Motriz contribui para a construção e a implementação de políticas e serviços públicos mais efetivos, inclusivos e diversos no país. Para conhecer melhor seu trabalho clique aqui.


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