26% dos brasileiros consideram bom o sistema educacional do país
Direitos HumanosA pesquisa anual “Global Education Monitor 2024”, da Ipsos, explorou as percepções globais sobre o sistema educacional. No Brasil, quase metade das pessoas acreditam que a educação pode reduzir desigualdades sociais.

A pesquisa “Global Education Monitor 2024”, revelada no mês de outubro, mostrou que apenas 26% dos brasileiros avaliaram o sistema educacional do Brasil como adequado. Os dados do levantamento anual, realizado pela Ipsos em 30 países, mostra que a insatisfação dos brasileiros segue crescendo. Afinal, no relatório do ano ado, 34% da população dizia aprovar a qualidade do ensino do Brasil.
Apesar da falta de confiança no sistema educacional brasileiro, os dados da pesquisa mostram que a população do Brasil reconhece a importância e responsabilidade do ensino na sociedade. Isso porque 49% dos entrevistados acreditam que a educação reduz desigualdades sociais e 50% afirmam que o ensino superior ajuda a preparar os estudantes para suas carreiras.
O levantamento também perguntou à população sobre as restrições ao uso de redes sociais para menores de 14 anos. Assim como em outros países, a preocupação com os efeitos negativos dessas mídias no desenvolvimento das crianças também é real no Brasil. Segundo o Global Education Monitor 2024, 60% dos entrevistados apoiam a proibição do uso de redes sociais nesta faixa etária. No entanto, o percentual é menor em relação a outros países, como a França, que conta com 80% dos entrevistados favoráveis a essa medida.
As redes sociais não foram o único alvo de preocupação quando o assunto envolve o conflito entre o ensino e a tecnologia. Os avanços tecnológicos, como a ascensão das inteligências artificiais (IAs), geram receio em cerca de 28% dos brasileiros, que acreditam que essas ferramentas podem impactar negativamente na educação.
A aflição é ainda maior quando se trata do uso de IAs em ambientes escolares. Para 30% dos entrevistados, ferramentas como o ChatGPT devem ser proibidas nas escolas. No entanto, quase 35% dos brasileiros são contra esta medida, tornando o Brasil um país menos preocupado com as IAs em relação a nações como o Canadá, onde mais de 50% das pessoas entrevistadas preferem a proibição.
Com mais de 20 mil colaboradores, a Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente. Além de atuar no ramo de pesquisa eleitoral em diversas partes do mundo, a Ipsos opera nas áreas de marketing, comunicação, mídia, customer experience, engajamento de colaboradores e opinião pública. O “Global Education Monitor 2024” ouviu mais de 23 mil pessoas em 30 países, incluindo 1.500 respondentes no Brasil. A pesquisa da Ipsos foi realizada entre junho e julho deste ano.
O levantamento anual da Ipsos colabora diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Sobretudo, com o ODS 4 (Educação de qualidade), que tem o propósito de garantir o o à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.