10 anos de Observatório: Terceiro Setor é destaque na Forbes

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Diretor executivo do Observatório do Terceiro Setor entra na lista das 50 personalidades brasileiras que ganharam destaque a partir da maturidade. Joel Scala foi escolhido pela sua atuação em prol do terceiro setor

Diretor executivo do Observatório do Terceiro Setor entra na lista das 50 personalidades brasileiras que ganharam destaque a partir da maturidade. Joel Scala foi escolhido pela sua atuação em prol do terceiro setor
Foto: Gabriel Higute

Por Marta Pagotto

O Observatório do Terceiro Setor completa 10 anos de atuação como veículo de comunicação alinhado à agenda da sociedade civil, oferecendo conteúdo multimídia com foco nas temáticas sociais e direitos humanos.  

Em entrevista, Joel Scala, fundador da agência que dialoga mensalmente com mais de 1,7 milhão de pessoas, conta um pouco da sua história.  

Joel Scala nasceu em São Roque, mas cresceu no bairro da Casa Verde, em São Paulo, onde começou sua carreira jornalística como fundador do Jornal Casa Verde. Depois disso, trabalhou em redações dos principais veículos de comunicação da capital, foi repórter no programa São Paulo zero hora, de Goulart de Andrade e editor na TV Record, até partir para consultoria em comunicação e mídias digitais. Em 2012, fundou o Observatório do Terceiro Setor, um antigo sonho de atuar diretamente na sociedade civil para um Brasil mais justo e solidário. 

Uma década depois, a partir de muita dedicação, persistência e criatividade, que fizeram o Observatório ser destaque no terceiro setor como plataforma independente de mídia, ele é reconhecido pela revista Forbes como um dos grandes nomes que chegaram à maturidade fazendo a diferença em diversas áreas, com “mais poder, relevância, influência e sabedoria do que quando eram jovens”.  

Abaixo, Joel fala um pouco de seu trabalho e projetos para o futuro. 

Entrevista: 

1. O que significa para você chegar à maturidade com “mais poder, relevância, influência e sabedoria”? 

J.: Pode significar muitas coisas, depende da sua visão de mundo; no meu caso, a realização de um sonho em criar meu próprio trabalho. A maturidade traz a liberdade, a segurança de você poder ousar e se reinventar a cada momento da vida, relativizando o medo e a possibilidade de não dar certo. Sempre considerei o “poder” algo relativo e ageiro, que se consegue por várias razões, não é só uma questão de mérito pessoal. 

2. O seu trabalho atual é muito diferente do que você imaginava para seu futuro, quando jovem?

J.: Não. Porque desde muito cedo percorri o caminho do empreendedorismo, nos momentos mais difíceis sempre acreditei que conseguiria atingir meus objetivos. Quando você é jovem, a utopia é um combustível importante na vida, mas de repente, você percebe que está envelhecendo e que suas conquistas não dependem só de você, mas de um conjunto de fatores socioeconômicos, emocionais etc. O segredo é como istrar o fracasso. A diferença entre juventude e maturidade é saber se recriar, sempre na perspectiva daquilo que pode ser feito.  

3. O mercado está de olho nas pessoas de 50 anos ou mais há muito tempo. Como o terceiro setor lida com as necessidades desse público? 

J.: No terceiro setor existem várias organizações com projetos interessantíssimos não só de reinserção deste público no mercado de trabalho, mas estimulando-os a buscar novas possibilidade de empreender. É nesta fase que muitas pessoas conseguem, por meio de outras atividades profissionais, realizarem-se como ser humano.  

4. Quem é exemplo de “pessoa de sucesso” para você? 

J.: Considero o sucesso acima da dimensão econômica, social e política. Um pensador que sempre irei, e me influenciou muito, foi o escritor e ativista francês Guy?Debord, autor de “A Sociedade do Espetáculo”. Ele foi expressivo em maio de 1968 e transformou o cotidiano de milhões de pessoas. Até hoje sua influência pode ser constatada no cinema, no teatro e nas artes em geral. 

5. Como você vê o futuro do Observatório do Terceiro Setor, em termos de desdobramento da visão que você tem agora? 

J.: Imagino como uma ferramenta que faça a diferença na construção de novos paradigmas para a sociedade brasileira. O país tem um grande desafio pela frente, no pós-pandemia, e o terceiro setor desempenhará um papel fundamental na sua reconstrução. Por isso penso no Observatório como um ponto de encontro para reflexão e debates sobre a realidade do Brasil. É nossa missão sensibilizar o maior número de pessoas sobre a importância da solidariedade e da responsabilidade social que cada um de nós devemos ter na construção de uma sociedade mais justa, igualitária, sustentável e tolerante.  

A lista 50 Over 50 2022 é destaque da edição 98 da Forbes Brasil. e aqui. 


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